Especial Gazeta do Cerrado

O PT vinha no início do processo da eleição da mesa diretora da Câmara Federal em negociações para apoiar a reeleição de Rodrigo Maia (DEM) a presidência da Casa porém os rumos mudaram.

”Ele é de direita, mas é também um democrata e mantêm a palavra dada. Disse que não colocaria em pauta a privatização da Eletrobrás e nem o projeto Escola Sem Partido e cumpriu”, disse o deputado Célio Moura (PT ) em entrevista à Gazeta do Cerradoexplicando o motivo das conversas inicias.

Neste período o PSL estava isolado, mas com passar do tempo Maia mudou seu posicionamento e trocou o PT pelo PSL e ainda teria dado ao partido, do presidente eleito, a presidência das Comissões de Constituição e Justiça e Fiscalização, com isso perdeu o apoio do PT.

O Partido dos Trabalhadores passou a ter duas opções, segundo Célio Moura: Lançar um candidato próprio que não teria chances de vitória, mas marcaria presença ou buscar uma coalizão centro-esquerda com partidos como Psol, PDT, PSD, PTB, REDE, entre outros, totalizando cerca de 160 deputados.

-Fator Queiroz, milicianos e Mariele

Outro ponto citado por Célio Moura que pode prejudicar a candidatura de Maia, são as recentes notícias de um possível envolvimento do senador Flávio Bolsonaro com movimentações financeiras, no mínimo, estranhas e agora com milicianos suspeitos de ligação com o caso Mariele.

Diante disso Rodrigo Maia que vinha sob céu de brigadeiro, pode enfrentar um tempo fechado já que optou pelo PSL de Flávio que pode agora ter que responder a muitos questionamentos.

“Vamos acompanhar o desenrolar destas notícias e também em busca de montar uma frente de centro-esquerda de onde poderemos tirar um nome para a disputa”, finalizou Célio Moura.