Entre as 500 famílias palmenses entrevistadas pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), 69,9% disseram que estão endividadas em algum nível. O número, que se refere ao mês de abril, é 0,6 pontos percentuais maior que o resultado de março e um ponto percentual menor que o do mesmo período de 2017.
Se for analisar os dados de acordo com a faixa de renda dos entrevistados, o resultado varia: 67,3% das famílias com renda até dez salários mínimos possuem dívidas. Já entre que recebem acima de dez salários mínimos, 95,4% se declararam endividados. “Essa variação é normal, pois os consumidores com renda maior conseguem acesso ao crédito de forma mais facilitada, o que permite um consumo mais amplo e de produtos com preços mais elevados”, explica a assessora econômica da Fecomércio Fabiane Cappellesso.
Do total geral de endividados, 12,6% possuem dívidas em atraso e 0,3% não terão condição de pagá-las. “Este é um dado positivo, pois estamos abaixo do cenário nacional, onde 25% estão com contas em atraso e 10,3% não conseguirão quitar as dívidas. O que não pode acontecer é a inadimplência aumentar, pois isso prejudicaria não apenas o orçamento doméstico, mas os setores de comércio e serviços”, comenta o presidente do Sistema Fecomércio Tocantins, Itelvino Pisoni.
O comprometimento médio da renda com contas em abril ficou em 32,1%, sendo o tempo médio de comprometimento com dívidas de oito meses. Além disso, dentre os que estão com dívidas atrasadas, o tempo médio do atraso fica em 49,5 dias. Os principais compromissos continuam sendo o cartão de crédito, financiamento de carros e carnês.
A pesquisa é realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio Tocantins.