A comida tocantinense recebe influências indígenas, africanas, europeias, dentre outras. Por ser um estado novo, o Tocantins é formado por pessoas vindas de todos os lugares, que trazem consigo conhecimento e pratos variados. Mas uma coisa ninguém discute: o chambari caiu no gosto da população.
O prato italiano, ganhou uma adaptação e no estado o “ossobuco” (literalmente osso furado) é cortado horizontalmente, cozido com temperos e servido acompanhado de arroz branco e cheiro verde. Alguns consumidores preferem-o com farinha de mandioca e muita pimenta.
O portal Gazeta do Cerrado falou com a Doutora em Antropologia Social, Professora do curso de Nutrição da Universidade Federal do Tocantins, Reijane Pinheiro para saber o valor nutricional deste que tem agradado o paladar da maioria dos que o experimentam. Segundo a professora há uma peculiaridade e preferência por alguns pratos adaptados pelos tocantinenses. O cheiro e o sabor do chambari costumam agradar a maioria dos aprecidadores.
“Hoje pode-se afirmar que o chambari é considerado um dos símbolos do Tocantins. Muito consumido atualmente é possível encontrá-lo logo pela manhã em vários pontos da cidade. Alguns consomem bem cedo antes de ir para o trabalho, no café da manhã, outros no almoço ou jantar”, comenta.
Registros mostram que na Idade Média o ingrediente já era bastante consumido, principalmente nas regiões frias da Europa, uma vez que as receitas aquecem e são muito nutritivas. Reijane Pinheiro explicou que o preparo leva horas.
Maria da Conceição, feirante da quadra 307 Norte explica que o preparo é simples. É preciso adicionar os temperos a carne, acrescentar cebola e corantes. Ferver todos os ingredientes em uma panela de pressão por um período médio de uma hora. Ela trabalha com a venda da iguaria há mais de dez anos.
Outros pratos
Além do chambari, no Tocantins existem também outros pratos como a tapioca e as farinhas, que veio da cultura indígena, ultimamente a mais consumida é a farinha de puba. Tem a paçoca de carne de sol, que contém os ingredientes como coentro, pimenta malagueta verde, alho e a farinha de mandioca, a maioria desses pratos são resultados da culinária nordestina.
Há os caldos que são muito presentes nos paladares tocantinenses e veio através da origem africana. Existem também os biscoitos, como O Amor Perfeito, é feito à base de trigo e mais reconhecido no sudeste do Tocantins.
Além dos pratos, há as frutas do cerrado, como o Pequi, um furto amarelo de cheiro marcante que muitos usam com arroz ou frango. Sua época de colheita inicia em outubro e dura uns dois meses. Outra fruta que se usam em doces e óleos, é o Buriti, pequena com a casca vermelha e caroço alaranjado, ela floresce quase o ano inteiro, principalmente nos meses de abril a agosto.