Após a circulação de uma faixa anônima contrária à greve dos trabalhadores da educação da Universidade Federal do Tocantins, o Coletivo SOMOS lançou um vídeo expressando apoio à causa.
No vídeo, Thamires Lima, membro do grupo, enfatiza a importância de buscar melhorias por meio do diálogo democrático. Ela ressaltou a necessidade de posicionamento para mostrar à sociedade o empenho dos profissionais na busca por direitos.
“Desde o governo Temer, com a congelamento de salários, até os tempos de perseguição do governo anterior, o diálogo era praticamente impossível. Agora, entendemos que há espaço legítimo para que esses profissionais busquem seus direitos. A maioria decidiu por isso, e nós precisamos apoiar. Uma educação pública de qualidade começa com a valorização de seus servidores”, afirmou.
O vídeo está sendo amplamente compartilhado nas redes sociais, acumulando milhares de visualizações.
O Coletivo enfatiza que por trás de todos os processos universitários – desde o pagamento de bolsas até a matrícula dos alunos, e o funcionamento de bibliotecas, restaurantes universitários e laboratórios – estão os servidores técnicos, que garantem tudo, apesar da desvalorização de suas carreiras e dos ataques da extrema direita. “E o papel dos professores na formação de todos os profissionais que hoje estão no nosso mercado de trabalho, na academia, terceiro setor e nos mais diversos ambientes é indiscutível. Quem não defende professor está indo diretamente contra a educação”, completou o Coletivo.
O grupo também relembrou que foi um movimento grevista que assegurou a existência da UFT. De acordo com eles “quem não sabe de onde veio não sabe para onde vai”, por isso é necessário sempre relembrar todo o contexto histórico da instituição.
“Temos que defender a UFT e sempre lembrando de suas origens e do movimento SOS Unitins. A luta em defesa do ensino público, gratuito e de qualidade no Tocantins foi liderada pelos estudantes e sensibilizou toda a sociedade tocantinense. Defender esses direitos é essencial, principalmente em um ambiente democrático como o que temos. Neste contexto também entra o IFTO e seus trabalhadores e trabalhadoras. Não podemos retroagir”, enfatizou o Coletivo.