Coluna Gazeta Tecnológica: Confira as curiosidades dos apps de mensagens no Brasil e no Mundo

O WhatsApp Status repete a fórmula do Snapchat: com ele, é possível enviar fotos e vídeos que somem em 24 horas. E, apesar de ter sido lançado somente em 2017, a ferramenta tem feito mais sucesso que o Instagram Stories.

Em junho de 2018, os posts efêmeros do mensageiro atingiram a marca de 450 milhões de usuários ativos por dia em todo o mundo, contra 300 milhões nas histórias da rede social. Já o Snapchat, aplicação que serviu de “inspiração” para o Facebook (dono do Instagram e WhatsApp) criar o recurso, tem somente 191 milhões de contas ativas diariamente.

Os números acima impressionam, mas é provável que algumas pessoas sequer tenham postado ou visto o Status de algum contato no WhatsApp. De acordo com uma pesquisa feita ela Panorama Mobile Time/Opinion Box, em agosto deste ano, essa situação deve mudar no Brasil, uma vez que a quantidade de usuários vem crescendo rapidamente. Em 2017, somente 7% dos entrevistados afirmaram utilizar a ferramenta, número que quadruplicou (28%) em fevereiro de 2018. Em agosto deste ano, uma nova surpresa: quase metade, mais precisamente 41%, disseram que são adeptos das publicações do mensageiro.

Em 2017, porta-vozes do WhatsApp afirmaram que mais da metade dos brasileiros possuía o app de mensagens instalado em seus smartphones. Ao todo, seriam 120 milhões de pessoas utilizando o serviço, em uma população, à época, de 206 milhões, segundo índice do IBGE de 2016. É bastante provável que esse número já tenha crescido, mas, desde então, a empresa não divulgou novos dados sobre os usuários locais.

No entanto, a nível global, há novidades mais recentes sobre as estatísticas da aplicação. Em fevereiro deste ano, Mark Zuckerberg, CEO do Facebook (empresa dona do mensageiro), publicou que o programa de bate-papo havia atingido o índice de 1,5 bilhão de usuários ativos por mês. No post, o empresário destacou o crescimento expressivo em um curto período de tempo: em 2014, ano em que sua companhia comprou o programa, eram “somente” 450 milhões de pessoas.

A pesquisa realizada pela Panorama Mobile Time/Opinion Box, em agosto deste ano, mostrou que o WhatsApp é o app de bate-papo mais usado no Brasil. Quase todos os entrevistados, mais precisamente 97% deles, afirmou ter o mensageiro instalado no smartphone e 92% desses o utilizam todos os dias. No que diz respeito ao Facebook Messenger, esse número cai para 75%, com percentual de uso diário de 43%. Na lanterna, aparece o Telegram, com somente 15%, dos quais 33% utilizam sempre.

Levando em consideração a frequência do uso dos mensageiros, os entrevistados da pesquisa da Panorama Mobile Time/Opinion Box podiam responder se utilizavam todos os dias, quase todos os dias, algumas vezes por semana, algumas vezes por mês, quase nunca ou nunca. Dentre os usuários do WhatsApp, a menor frequência citada foi “algumas vezes por semana”, com 2% das respostas. Já no Facebook Messenger, 7% confirmaram que não acessam o bate-papo quase nunca. O Telegram foi o único programa com pessoas que nunca utilizam, com 2%.

Ainda segundo o levantamento, 53% dos usuários brasileiros do WhatsApp gostariam de usar o aplicativo para realizar pagamentos e transferências bancárias. Desses, 44% prefeririam que o serviço fosse oferecido através de uma conta bancária virtual, criada pelo programa. Já 37% achariam mais interessante associar a aplicação à conta bancária já existente, enquanto 19% optaria por associar seu cartão de crédito.

Vale ressaltar que a empresa já testa o envio de dinheiro entre usuários na Índia, seu maior mercado. Programas rivais, como o WeChat, oferece o envio de montantes entre diferentes países e opções de pagamento por QR Code, através do WeChat Pay. No Brasil, o Banco Central estuda as regras para possíveis pagamentos instantâneos, que permitiriam a transferência rápida entre contas, sem necessidade de inserir dados como número de conta, agência e CPF.

Apesar do SMS estar caindo em desuso, 88% dos donos de telefone afirmaram ainda receber mensagens em agosto de 2018 (percentual 4% maior do que o obtido em janeiro de 2017). Conteúdos do tipo entram na caixa diariamente de 29% dos entrevistados, mas somente 13% disseram que enviam SMS com a mesma frequência.