Foto: Carlessandro Souza

Foto: Carlessandro Souza

Texto: Aline Gusmão/ Governo do Tocantins

 

Com 63 casos de trabalho infantil identificados pelo Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), Tocantínia, a cerca de 80 km de Palmas, recebeu a equipe do Fórum Tocantinense de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Promoção da Aprendizagem (Fetipa) na manhã desta quinta-feira, 26, para tratar sobre o enfrentamento deste tipo de trabalho. A visita já estava programada pela equipe e serviu para articular uma audiência pública sobre a temática para o ano de 2018.

 

O presidente do Fetipa, Jalson Couto, aproveitou reunião deixar claro à Rede de Proteção a Criança e Adolescente o que é trabalho infantil e citar suas piores formas, como o trabalho agrícola, doméstico e em serviços coletivos, como lixões, por exemplo. “Achamos por bem manter nossa programação de vir a Tocantínia e fortalecer nossa parceria com o município. O trabalho infantil tem diminuído ao longo dos anos, mas devemos aumentar ainda mais nossos esforços para erradicá-lo”, afirmou.

 

A professora, Maria de Jesus Monteiro, abordou a polêmica sobre a proibição para o trabalho infantil. “Devemos deixar claro para as famílias que o proibido é o trabalho doméstico, mas não as tarefas domésticas. Os jovens podem e devem ajudar a arrumar a cama ou lavar sua própria roupa íntima, por exemplo. Isso sem esquecer que a atividade depende da idade da criança”, pontuou.

 

Já técnica da Gerência de Proteção Social Especial da Secretaria do Trabalho e Assistência Social (Setas), Raquel Secunde, destacou a importância da parceria na identificação dos casos de trabalho infantil. “Identificar os casos é uma responsabilidade compartilhada entre toda a Rede e a sociedade. Se a Saúde ou a Educação, por exemplo, for a primeira a ter acesso ao jovem, eles devem notificar a Assistência Social, que é a responsável pela coordenação das ações de enfrentamento ao trabalho infantil. Se toda Rede estiver trabalhando junto é mais fácil identificar os casos e vencer as barreiras de logística e estrutura que sabemos que as cidades enfrentam”, explicou .

 

O empresário, Lusimar Araújo, membro da Associação do Comércio e Indústria do Tocantins, disse que fez questão de participar da reunião e que é a busca pelo conhecimento que será capaz de mudar esta realidade. “Os empresários têm que participar de reuniões e buscar saber o que é permitido. Temos que dar mais oportunidades para os nossos jovens e não podemos deixar de fazer isto por falta de informação”, pontuou.

 

Participaram da reunião, representantes da Prefeitura, Educação, Saúde, Conselho Tutelar, Centro de Referência de Assistência Social, empresários, dentre outros.