O prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, realizou nesta quinta-feira, 1º, mais uma reunião de trabalho com representantes locais de instituições e categorias e também secretário municipais. Na oportunidade, foram discutidos assuntos relacionados ao combate da covid-19 e a possibilidade de retorno à normalidade de serviços suspensos ou que estão funcionando parcialmente, como cirurgias eletivas, aulas presenciais, horário do comércio e eventos.
“Eu acredito que vamos continuar com necessidade de hospitalização. Vai ser reduzida, mas não vai acabar. Isso vem acontecendo no mundo todo, a gente vê uma nova onda com muitos mais casos do que a anterior na Europa. Mas é uma realidade diferente nas mortes, a gente vê cada vez mais as pessoas se recuperando porque o tratamento evoluiu. É importante saber disso, que doença não vai passar tão cedo até que haja a vacina”, destacou Dimas.
O prefeito ainda analisou os números em conjunto aos diretores de hospitais de Araguaína e comprovou queda na demanda do atendimento e mortalidade, e que somado às intervenções do Município favorecem a retomada de serviços, inclusive essenciais à saúde.
“A primeira fase do Hospital Municipal Eduardo Medrado, que devemos entregar no dia 9 ou 10 deste mês, pode ser a unidade que será referência, e proporcionar a desmobilização para covid-19 nos outros hospitais. Temos seis meses de praticamente paralisadas as consultas ambulatoriais especializadas e as cirurgias eletivas, doenças pré-existentes avançam e o que era eletivo está se tornando urgência”, afirmou o prefeito.
Queda na demanda por atendimento
De acordo com o superintendente executivo do Hospital Dom Orione, Osvair Murilo da Cunha, a unidade já trabalha com a ideia de reduzir o número de leitos exclusivos para pacientes com covid-19 devido à queda na demanda. “Tivemos quase um colapso em agosto, mas hoje temos 7 dos 19 leitos UTI e 9 dos 40 leitos clínicos ocupados”, informou. Outra unidade que anunciou estudar a retirada dos leitos foi o Hospital de Doenças Tropicais (HDT).
Um levantamento da Secretaria Municipal da Saúde aponta queda de 50% nos atendimentos realizados nas unidades básicas de saúdes (UBS) de referência e também na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Havia UBS em que atendíamos 100 pessoas por dia e agora está por volta dos 30”, detalhou a secretária Ana Paula Abadia.
Retorno do atendimento especializado
Ana Paula também explicou que a inauguração do novo prédio do Hospital Municipal e a possibilidade de ser uma referência podem facilitar o retorno de serviços oferecidos pelo Governo do Estado. “O Município retornou com o atendimento no ambulatório e cirurgias eletivas e a nossa preocupação hoje é demanda reprimida dos atendimentos no ambulatório de especialidades do Estado. O serviço está suspenso porque os médicos estão atuando no Hospital Regional de Araguaína (HRA) e a desmobilização na unidade pode ajudar nesse retorno”.
Mudança de mentalidade
O superintendente de projetos do Instituto de Saúde e Cidadania (ISAC), Alberto Aguiar, analisou queda de mortalidade nos hospitais e que houve mudança no comportamento da população. “Observamos que há mais procura pelo tratamento precoce e querem tomar o medicamento antes mesmo do resultado positivo. A taxa de mortalidade no Estado, que era de 85%, depois de abastecimento das unidades e treinamento, caiu para 60%”.
Mais exames
O Hospital Dom Orione colocou à disposição do Município a realização de exames RT-PCR e tomografia em novos equipamentos que foram adquiridos com recursos do Governo Federal. Além dessa oportunidade, a secretária municipal da Saúde anunciou que o Estado deve também oferecer esse tipo de exame com possibilidade de 100 testes por dia para a Região Macronorte, em Araguaína, com prioridades para pacientes internados ou aqueles atendidos na UPA. Outras análises continuam sendo enviadas para Palmas.
Retorno do horário comercial completo e atividades
Dimas explicou que com a redução do número casos já iniciou uma conversa com o setor comercial e do setor de eventos para retorno gradual das atividades. “Tudo vem se confirmado para retomada, claro que com alguns critérios que devemos avaliar ainda. Outra situação que vejo é a impossibilidade de liberar festas e mantendo as escolas fechadas, não é adequado”.
Aulas presenciais
O retorno das aulas presenciais na Rede Municipal de Ensino deve ser neste mês e para isso a Secretaria Municipal da Educação fará um novo levantamento para saber quantas famílias de alunos tiveram a contaminação por covid-19. “Já elaboramos um protocolo de segurança e estamos preparados documentalmente, fisicamente e psicologicamente para retornar“, explicou o prefeito.
Fonte/Foto: Assessoria/ Divulgação