cachuUm dos pontos turísticos mais visitados em Palmas, a Cachoeira da Roncadeira, localizada no Distrito de Taquaruçu, pode secar.  O volume de água já reduziu 70%. Além do período de estiagem, o problema é agravado pela captação irregular de água. A situação não afeta só o turismo, mas também o abastecimento da lugar, já que o monumento natural é a única fonte.

O ponto de partida para se chegar à cachoeira é o mirante de Taquaruçu. São 25 minutos de caminhada até lá, 143 degraus, passarelas, pranchas e pinguelas. O volume de água não é mais o mesmo, mas isso não tirou a beleza do lugar.  A cachoeira ainda resiste à seca, que castiga a região.

O ambientalista José Carlos está preocupado. No lugar ele pratica rapel, principalmente nos fins de semana. “A gente precisa dessa água que abastece Taquaruçu. A gente fica bastante preocupado porque a água está reduzindo drasticamente. Se não começar a chover cedo a gente não sabe o que pode acontecer, se vamos chegar a ficar sem água aqui.”

O local tem um média de 400 visitantes por fim de semana. Além de afetar o turismo, a preocupação maior é com o abastecimento de Taquaruçu. A cachoeira é a única fonte de fornecimento do distrito e o mês de setembro é de estiagem. Os moradores podem ficar sem água nas torneiras.

Fiscalização
Segundo o representante da Fundação do Meio Ambiente, Eversino, a situação se agrava porque algumas pessoas fazem captação irregular das águas de cachoeiras e córregos. Elas devem ser autuadas.

“A gente tem feito um trabalho de fiscalização intensivo há mais de dois meses nos mananciais e várias irregularidades estão sendo constatadas, entre elas a captação ilegal de água e o parcelamento nas beiras dos mananciais. A captação é feita através de bombas, que varia de uma a cinco polegadas, que captam um volume grande de água do Ribeirão Taquaruçu e outros mananciais.”

Segundo o representante, a água captada de forma irregular é utilizada em piscinas e para irrigação de plantas e plantações. Ele afirma que a Fundação do Meio Ambiente a Guarda Metropolitana estão percorrendo os leitos dos mananciais para identificar os infratores, realizar a notificação e a autuação.

“Os infratores podem ser multados, que varia de R$ 500 até R$ 1 milhão, dependendo da infração até o indiciamento por crime ambiental.”

Fonte: G1 TO