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Jovem tem histórico de supostos golpes no Tocantins, Goiás e Mato Grosso do Sul. Nos últimos anos ela fez cirurgias plásticas, colocou silicone e fez lipoescultura.

 

Amanda Mendonça Montel foi presa no Tocantins — Foto: Divulgação/PC GO e TO

 

Presa desde julho em Gurupi, no sul do estado, Amanda Mendonça Montel é suspeita de causar prejuízo de R$ 200 mil enganando clínicas e cirurgiões plásticos em pelo menos três estados. Nos últimos anos ela fez cirurgias plásticas, colocou próteses mamárias e fez lipoescultura. A suspeita da polícia é que a jovem fez tudo isso sem pagar.

Em entrevista à TV Anhanguera, o delegado Daniel Oliveira, da Polícia Civil de Goiás, explicou como a jovem praticava os golpes.

“Ela tinha toda uma conversa que a princípio era legítima, até porque ela fazia os exames, encaminhava a documentação médica necessária, agendava e fazia o procedimento, mas em relação ao pagamento apresentava comprovantes falsos de PIX e TED. Depois, lá para a frente, o médico ou a empresa vinha a saber que aquele dinheiro não tinha entrado, de fato, na conta”, explicou.

A jovem de 23 anos tem um longo histórico com registros de estelionato e falsificação de documentos em Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins. O advogado Rayfran Vieira, que defende Amanda, disse que está tomando conhecimento dos processos para depois se manifestar sobre as acusações.

Amanda está presa desde julho de 2024, após causar prejuízos em clínicas e comércios de Gurupi, na região sul do Tocantins. Nesta quarta-feira (11) um mandado de prisão preventiva foi cumprido contra ela por um golpe praticado contra uma empresa de Goiânia (GO).

“Essa empresa procurou a gente para reportar essa contratação desses produtos [próteses mamárias] que foram encaminhados, mas depois eles perceberam que o comprovante que ela enviou ali no ato da negociação era falso. Ela é do Tocantins, onde foi presa depois que a gente representou e conseguiu o mandado de prisão preventiva dela”, contou o delegado.

 

Histórico de crimes

 

Durante o ano de 2022, dois boletins de ocorrência foram registrados contra Amanda em Goiás, segundo a Polícia Civil, envolvendo compras em um supermercado com falso agendamento de PIX. No mesmo ano ela teria realizado uma cirurgia plástica em Goiás e forjado o comprovante falso, enganando um cirurgião.

Ainda em 2022, quando tinha 21 anos, ela teria feito uma lipoescultura e colocou prótese de silicone em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, mas na hora de pagar apresentou comprovantes falsos de Transferência Eletrônica Disponível (TED). Só nesse caso o prejuízo foi de R$ 45 mil.

Em 2024 ela entrou em contato com uma empresa de Goiás para comprar novas próteses de silicone e novamente apresentou comprovante falsificado.

“Comprou em uma empresa da nossa circunscrição, próteses mamárias, que foram enviadas para Gurupi, no Tocantins, para ela fazer uma cirurgia plástica, mas depois a empresa veio a saber que o dinheiro não tinha entrado na conta”, disse o delegado Daniel Oliveira.

Foi em Gurupi que ela acabou sendo presa, em julho deste ano. O delegado Daniel Oliveira afirmou que pode haver mais crimes e orientou às eventuais vítimas que procurem a polícia.

 

“Pode haver novas vítimas porque essa fraude às vezes nem é percebida a tempo hábil pela empresa, pois ela encaminha o comprovante junto com outros documentos que são legítimos e isso pode passar batido. Então, se alguém fez atendimento, algum profissional da saúde, em relação a essa pessoa que também pode ter usado nome falso, verificar se houve esse pagamento. Se não, pode procurar a Polícia Civil”.

(Fonte: g1 Tocantins)