A AOCP, responsável pela realização das três primeiras fases do concurso da Polícia Militar, disse nesta quarta-feira (14) que o certame não vai ser anulado em função dos problemas registrados durante as provas. Segundo a empresa, os casos não indicam que houve ilegalidade na aplicação dos exames e todas as denúncias estão sendo apuradas.

O caso que mais preocupa os 70 mil candidatos que realizaram o processo seletivo é o vazamento de supostas imagens do cartão-resposta e do gabarito de alguns exames. O edital proibia que os cartões saíssem do local de prova ou que celulares fossem usados nas salas.

A AOCP afirma que o caso foi registrado na ata para que o candidato que fez as fotos seja eliminado, mas não esclareceu se trata-se da mesma pessoa que descartou um celular em uma lixeira do banheiro durante as provas em Araguaína.

Um grupo de candidatos acionou o Ministério Público Estadual, que ainda vai analisar as denúncias sobre o concurso.

O caso

A Polícia Civil está investigando um gabarito com respostas encontrado em um celular durante as provas do concurso da Polícia Militar em Araguaína, norte do Tocantins. O delegado regional Bruno Boaventura informou que as respostas encontradas no aparelho não são o gabarito oficial da prova. Segundo ele, ainda é cedo para afirmar que houve fraude nas avaliações.

“O aparelho contém um gabarito que não é o oficial. Fizemos a correção e não fecha as 60 questões. Pode ser uma pessoa que anotou para depois corrigir, porque não podiam sair com os cadernos de prova, tem várias possibilidades”, disse

As provas do concurso foram aplicadas no último domingo (11). São 1 mil vagas para soldado e mais 40 para oficial da PM. Além da ocorrência registrada em Araguaína, também houve casos de candidatos encontrados com celulares e um pacote de provas com indícios de violação.

Conforme consta no boletim de ocorrência, as respostas encontradas no celular estavam em uma mensagem de SMS com o título “Prova 3”. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Investigação Criminal e o aparelho passa por perícia.

Fote: G1 Tocantins