Maria José Cotrim
A Polícia Militar informou á Gazeta do Cerrado na tarde desta terça-feira, 24, que aguarda decisão judicial para retomada do concurso realizado este ano para reforçar os quadros da corporação no Estado. “Espera-se que o mesmo seja retomado após eleições realizadas, seguindo as determinações judiciais anteriores”, informou á Gazeta do Cerrado.
A decisão do desembargador Marcos Villas Boas, do Tribunal de Justiça, tem caráter liminar, ou seja é provisória. Ela foi tomada no domingo 25 de março após a cassação de Marcelo Miranda. O desembargador determinou a suspensão do concurso da PM e proibiu a divulgação de notas e pontuações dos candidatos, bem como dos resultados do certame.
Organizados através de grupos nas redes sociais, os candidatos que fizeram o certame estão apreensivos com a paralisação. O deputado Elenil da Penha chegou a ingressar no TJ pedindo que sejam liberados os próximos passos do certame que estava previsto inclusive na lei orçamentária aprovada na Assembleia.
O concurso foi organizado pela Assessoria em Organização em Concursos Públicos LTDA (AOCP). São 1040 vagas, sendo 1000 para a carreira de Soldado e as outras 40 para o Curso de Formação de Oficiais, no cargo de Cadete I.
Para serem aprovados completamente no concurso público, os candidatos devem passar pelas seguintes etapas: prova objetiva; prova discursiva; avaliação de capacidade física; avaliação psicológica; avaliação médica e odontológica; investigação social; e curso de formação.
Denúncias investigadas
O concurso público da Polícia Militar estadual já estava em xeque após um boletim de ocorrência ser registrado com a afirmação de que um malote de provas foi violado na aplicação dos exames para soldado e oficial. Também foi encontrada pela banca organizadora, a AOCP Concursos Públicos, um smartphone no banheiro da Faculdade Católica Don Orione, em Araguaína/TO, um dos locais de aplicação das provas. As denuncias estão sendo investigadas.