Danilo Cavalcante está sendo procurado pela polícia dos EUA – Foto – Reprodução Fantástico

Condenado a prisão perpétua nos Estados Unidos pela morte da ex-namorada, o brasileiro Danilo Cavalcante, que fugiu de uma cadeia da Pensilvânia, já tinha matado uma pessoa no Tocantins em 2017.

O criminoso nasceu no Maranhão há 34 anos e se mudou com alguns parentes para o Tocantins, onde trabalhou como lavrador. Em 2017, ele andava pela cidade de Figueirópolis, região sul do Tocantins. Era noite de festa na cidade, quando ele assassinou o estudante Walter Júnior a tiros, próximo de trailer de lanches.

“Walter Junior estava naquela mesa ali do canto. O Danilo chegou, falou comigo aqui, e foi pra lá. Até aí eu os vi conversando e tudo”, disse Evaldo Feitosa, uma das testemunhas.

 

Walter Júnior, estudante morto por Danilo Cavalcante em 2017. — Foto: Reprodução/Fantástico

Walter Júnior, estudante morto por Danilo Cavalcante em 2017. — Foto: Reprodução/Fantástico

“Quando eu estou fazendo um lanche aqui escutei uns estouros. Aí escutei gritando: ‘Rapaz, o cara matou o amigo dele’”, acrescentou.

 

As investigações levaram a uma dívida de Walter com Danilo. O crime foi no dia 5 de novembro de 2017. Uma semana depois, a justiça acatou um pedido de prisão feito pelo Ministério Público. Danilo Cavalcante se tornou foragido e, em janeiro de 2018, viajou para os Estados Unidos.

O processo a que Danilo responde pelo crime em Figueirópolis está no Fórum da cidade de Gurupi. Mesmo com a ordem de prisão decretada, ele conseguiu sair do país porque, quando embarcou no Aeroporto de Brasília, a justiça do Tocantins ainda não havia registrado a decisão no Banco Nacional de Mandados, a informação continuava restrita ao âmbito estadual. O registro nacional só foi feito em junho de 2018, sete meses depois do crime.

Em nota, o Poder Judiciário do Tocantins disse que a prisão preventiva do acusado foi proferida no dia 13 de novembro de 2017 e na mesma data enviada à Polícia Civil para seu cumprimento, entretanto, o acusado já tinha fugido do Tocantins. Sobre o registro do mandado no Banco Nacional de Prisão, disse que a ferramenta, disponível desde 2011, só em 2018 foi oficializada.

Fonte- Fantástico via globo.com