Texto: Nielcem Fernandes 
Edição: Brener Nunes

palacio

Faltando pouco mais de um ano para a eleição que elegerá o novo Governador do Tocantins, a movimentação política no Estado já é intensa. Entre os principais nomes cogitados para a disputa, estão os nomes do atual governador Marcelo Miranda (PMDB), o prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB), a senadora Kátia Abreu (PMDB), o presidente da Assembleia Legislativa Mauro Carlesse (PHS), o deputado Estadual Paulo Mourão, o senador Ataídes Oliveira (PSDB) entre outros nomes de menor expressão como o do ex-juiz Márlon Reis e o procurador federal Cleiton Bandeira.

O governador Marcelo Miranda, apesar de não manifestar publicamente a intenção de ser candidatar a reeleição, vem retomando as obras em todo Estado em ritmo acelerado. Depois de um começo de ano sem muitas novidades no campo infraestrutural, o governo tem visitado os municípios de norte a sul, inaugurando obras como a do novo centro cirúrgico de Alvorada, os novos leitos do Hospital Geral de Palmas, e as obras de pavimentação asfáltica e recuperação, recapeamento de estradas na Região do Bico do Papagaio. Apesar de inúmeras criticas e acusações, e um desgaste natural, Marcelo Miranda reagiu e configura entre os nomes mais cotados na corrida ao cargo de governador do Tocantins.

Outro nome que merece atenção é o da senadora Kátia Abreu, que enfrenta um processo de expulsão do PMDB devido às severas críticas que tem feito aos parlamentares do Estado, em especial, a figura do governador. Abreu foi braço direito da ex-presidenta Dilma, à frente do Ministério da Agricultura e tem uma base politica sólida em território tocantinense e recentemente recebeu o apoio do Partido dos Trabalhadores em convenção nacional do PT no nordeste. Muitos partidários de variadas legendas não descartam uma aliança com a senadora para compor uma chapa em condições de vencer as eleições a governo.

O nome do prefeito Carlos Amastha, ganhou força depois da divulgação de uma pesquisa de intenção de votos encomendada pela Associação Comercial e Industrial de Palmas (Acipa), onde seu nome aparece em primeiro lugar em todos os senários possíveis apresentados. O colombiano ainda tem de aguardar o resultado da votação de uma Proposta de Emenda Constitucional, que ficou conhecida como “PEC Amastha” para lançar efetivamente sua candidatura. A PEC tem por um de seus objetivos vedar a participação de estrangeiros na disputa para o cargo de Governador de Estado.  O prefeito que inovou a frente da gestão municipal é um crítico ferrenho dos atuais representantes da política no Estado e não tem papas na língua. Chegou a denominar  os políticos tocantinenses de “vagabundos e ladrões cretinos”.

O presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, Mauro Carlesse, também pode ser um dos nomes a concorrer ao cargo de governador do Estado nas eleições de 2018. O presidente da Casa de Leis conta com o apoio dos colegas parlamentares e pode ser lançado como o “candidato dos Deputados”.

Outro politico que pode disputar o Governo no pleito que está por vir é o senador da República Ataídes Oliveira. Sem dúvida, o PSDB é uma das maiores forças políticas do Estado e com o afastamento do ex-governador Siqueira Campos, a legenda pode optar pelo nome do atual senador como representante de uma candidatura própria e já colocou deu nome a disposição do partido.

O deputado estadual Paulo Mourão do PT, não descartou a candidatura própria do partido para concorrer ao Governo nas eleições do ano que vem e não afirmou que o diretório estadual vai apoiar a senadora Kátia Abreu. Apesar de a legenda ter o objetivo de lançar a candidatura própria, o partido depende de coligações e o apoio de demais partidos para entrar na disputa com chances reais de vencer.

O ex-juiz Márlon Reis, do partido REDE, foi o primeiro juiz a impor aos candidatos a prefeito e a vereador a revelar os nomes dos financiadores de suas respectivas campanhas antes da data da eleição. A lei, que é fruto de uma iniciativa popular, foi aprovada em 2010, após a coleta de 1,6 milhões de assinaturas e a mobilização de outros milhões de brasileiros. A lei já barrou mais de 1.200 candidatos em todo o Brasil.

Márlon efetivou a mudança de sua zona eleitoral e se colocou a disposição do diretório nacional para encarar o desafio de ser o candidato do partido na disputa do Governo do Estado e declarou que está aberto ao diálogo.

O Procurador Federal, Cleiton Bandeira, mesmo sem partido já anunciou a sua pré-candidatura ao governo, com a premissa de mudar o atual sistema politico. Cleiton Bandeira afirma que sua missão é contribuir para melhorar as instituições políticas e com isso mudar a vida das pessoas. Para viabilizar sua pré-candidatura, o procurador federal afirma que vai ajuizar ações no Poder Judiciário para que seja assegurado o direito de qualquer cidadão registrar candidatura nas eleições de 2018 sem estar filiado a algum partido.

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