O processo de implantação do curso de Medicina da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) no Câmpus Augustinópolis passa pela fase final. O Conselho Estadual de Educação (CEE) instituiu uma Comissão de Avaliação específica para analisar esse processo e emitir o parecer oficial de autorização para a abertura do curso. Os membros dessa Comissão visitaram a estrutura do Câmpus e unidades de saúde do município de Augustinópolis na última sexta-feira, 18.

 

A Comissão de Avaliação designada pelo CEE é composta pelo presidente da comissão, Josiel Gomes do Santos e pelos conselheiros: Tibério Miranda Costa, Emerson Azevedo Soares e Gislane Neres Gomes. Os membros da Comissão visitaram salas de aula, setores administrativos, laboratórios, biblioteca, auditório e verificaram os equipamentos tecnológicos adquiridos pela Unitins para atender ao curso, como a Plataforma Multidisciplinar 3D e o boneco de simulação de doenças cardiopulmonares.

 

Além dos investimentos já realizados em estrutura física e laboratorial para o curso de Medicina, o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) foi pensado para atender às necessidades do profissional a ser formado e da comunidade, como afirma o médico e presidente da Comissão responsável pela implantação do curso de Medicina da Unitins, Valdir Odorizzi. “O maior objetivo na construção desse PPC foi contextualizá-lo com a realidade da região. Pudemos estabelecer alguns diferenciais no curso, como o ensino de Inglês Instrumental como disciplina obrigatória da grade curricular, a disciplina de fitoterapia e, claro, todo o ensino em união com os equipamentos de tecnologia que facilitam teoria e prática”, destaca Valdir Odorizzi.

 

A diretora do Câmpus Augustinópolis, Gisele Padilha, que acompanha todo o processo de estruturação do curso e as melhorias no Câmpus, ressalta que a Unitins já vem se estruturando e melhorando ao longo dos anos, e o curso de Medicina é mais um salto da instituição. “A Unitins cresceu muito ao longo dos anos e se consolidou como uma instituição de referência na oferta de ensino superior gratuito e de qualidade. Podemos perceber a evolução nos indicadores institucionais, a qualidade do ensino e a melhoria das instalações físicas dos câmpus. A Reitoria investiu em tecnologia, na ampliação dos laboratórios, aquisição de mobiliários e equipamentos, entre outras ações, com a finalidade de atender as demandas de todos os cursos. Acreditamos que a Comissão de Avaliação tenha percebido o quanto a Universidade tem evoluído em todos esses anos e tenha constatado o nosso compromisso com o ensino superior e o quanto esse ensino já transformou e ainda irá transformar essa região”, enfatiza a diretora.

 

O reitor da Unitins, Augusto Rezende, destaca que as expectativas para a abertura do curso são altas e que a Universidade está em constante trabalho para que o curso seja uma referência no Norte do país. “O governador Mauro Carlesse é o primeiro apoiador desse projeto, um entusiasta do ensino superior. Ele nos dá todo apoio na articulação necessária com os parlamentares para destinação de emendas e recursos do Tesouro para que o curso de Medicina da Unitins seja um marco do desenvolvimento no Bico do Papagaio. Nós sabemos do poder transformador da Educação e é nossa missão oportunizar o ensino superior público ao maior número de tocantinenses possível, sempre primando pela qualidade. Nós sabemos das exigências e de quão criterioso é um processo dessa envergadura, mas cumprimos todos os requisitos exigidos pelo Conselho para a abertura do curso”, pontua o reitor otimista quanto ao parecer a ser emitido pelo CEE.

 

O parecer do CEE ainda não tem data para ser finalizado e deliberado. Entretanto, essa é uma das últimas etapas no processo de implantação do curso, sendo que a partir da autorização do CEE a Unitins poderá se realizar o vestibular para a primeira turma. No dia 10 de junho a Universidade recebeu o parecer favorável com a devida aprovação do Conselho Estadual de Saúde (CES) para a abertura do curso.

 

Os investimentos para a implantação do curso são de mais de R$ 3 milhões, sendo oriundos de recursos do Governo do Tocantins e de emendas parlamentares dos deputados estaduais Eduardo Siqueira Campos, Fabion Gomes, Amélio Cayres, Jair Farias, Ricardo Ayres e Olyntho Neto.