Os palmenses vivem a expectativa da chegada de 2018, olhando no retrovisor o ano que se finda e com a certeza de que o ano de 2017 foi marcado por muitas conquistas para a Capital na área de saúde. Considerada a Capital mais magra do País, conforme pesquisa do Ministério da Saúde divulgada em abril, Palmas figura também como a terceira melhor em gestão de saúde no ranking feito pela empresa Marcoplan e divulgado pela revista Exame.

Na prática, em 2017, nos Centros de Saúde da Comunidade (CSCs), foram realizadas 229.417 consultas médicas com prévio agendamento, 615.235 atendimentos de urgência, 805.156 atendimentos e orientações dadas por enfermeiros e ainda 40.989 consultas odontológicas. Além de 1.154.949 procedimentos com finalidade diagnóstica. Quanto ao atendimento especializado, só no Ambulatório Municipal de Atenção à Saúde Dr. Eduardo Medrado (Amas), inaugurado em junho, foram realizados mais de 21 mil atendimentos, sendo mais de 15 mil consultas com especialistas e cerca de 1.500 pequenas cirurgias. Já quanto à imunização, em 2017 foram administradas cerca de 266 mil doses de 18 tipos de vacinas.

(Arquivo/Ministério da Saúde)

“Temos buscado através da melhoria da estrutura e do empoderamento dos nossos profissionais do SUS, qualificar esse atendimento de forma que as demandas dos pacientes sejam resolvidas ali mesmo nas unidades de saúde e isso na prática têm funcionado. Então, através dos profissionais que atuam na estratégia de Saúde da Família e dos especialistas dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf), o atendimento tem chegado aos palmenses”, ressalta o secretário de Saúde de Palmas, Nésio Fernandes.

O presidente da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp), Whisllay Bastos, complementa que os programas de residências contribuem para o melhor atendimento aos usuários. “A Educação Permanente em Saúde promovida pela Fesp incorporou a prática de ensino-aprendizagem no cotidiano dos profissionais que atuam no SUS de Palmas. A estratégia estimula que os profissionais de saúde reflitam a partir das realidades vividas, dos problemas enfrentados no cotidiano do trabalho e nas experiências acumuladas e promovam uma atuação propositiva, incorporando as mudanças necessárias, tendo como objetivo maior, atender as necessidades de saúde dos usuários do SUS”, destaca o presidente Whisllay Bastos.

A Fesp oferta cinco programas de residência: Residência em Saúde da Família, Residência em Medicina da Família e Comunidade, Residência em Saúde Coletiva e Residência em Enfermagem Obstétrica. Os programas de residência são reconhecidos como o padrão-ouro da formação pós-graduada. Atualmente a Fesp conta com 145 residentes.

Protagonismo

O ano de 2017 também foi marcado pela realização, em fevereiro, do I Seminário da Rede de Atenção e Vigilância em Saúde, que trouxe como tema “Território, Participação e Cuidado em Saúde” e que contou com a presença do consultor em saúde Eugênio Vilaça. “O município de Palmas caminha bem, ao organizar as redes de atenção à saúde e de universalizar a atenção primária à saúde, uma postura política muito acertada”, ressaltou Vilaça.

Já em novembro, Palmas sediou a I Conferência Nacional Livre – Vigilância em Saúde com ênfase em Hanseníase reunindo especialistas em hanseníase e profissionais de saúde de diversos estados, acadêmicos e pacientes. Palmas desde 2016 recebe consultoria do médico hansenólogo Jaison Barreto do Instituto Lauro Souza Lima (Bauru – SP) que todos os meses vem à Capital ministrar aulas práticas para os médicos da atenção básica, o que vem resultando na descoberta de novos casos, diagnóstico precoce e tratamento adequado.

O protagonismo de Palmas na luta contra à hanseníase agora serve de modelo para outros 20 municípios brasileiros que serão acompanhados de perto pelo Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e com recursos da Fundação Nippon (Japão).

Saúde Mental

Nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS II e AD III) foram mais 28 mil ações realizadas pelas equipes multiprofissionais proporcionando atendimento para 6.953 pacientes. “Outro ponto forte que podemos comemorar é a realização do Fórum Permanente de Saúde Mental, instituído este ano, visando o fortalecimento da rede de atenção psicossocial. Foram três encontros debatendo temas relevantes não só com os profissionais, mas inserindo a sociedade nesse processo”, destacou a gerente de Saúde Mental da Semus, Dhieine Caminski.

Em termos de estrutura, o novo prédio do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS AD III), inaugurado em junho deste ano, tem proporcionado um espaço maior e adequado para o tratamento dos pacientes que sofrem transtornos por uso abusivo de álcool e outras drogas. Já o Ambulatório de Saúde Mental Infantil que funciona no CSC Professora Isabel Auler (inaugurado em 13 de dezembro, na Arso 23) oferece a crianças e adolescentes de até 16 anos atendimento multiprofissional especializado para os casos de média e grave complexidades encaminhados pelos CSCs.

Inaugurações

Além do CAPS AD III, a Prefeitura inaugurou outros três importantes estabelecimentos de saúde: o Ambulatório Municipal de Atenção à Saúde (AMAS) e os CSCs da Arno 44 e Professora Isabel Auler (Arso 23). O AMAS ocupa uma área de 1.055,48 metros quadrados de construção, divididos em 17 consultórios médicos, um centro cirúrgico ambulatorial, uma sala de exames, dois consultórios de acolhimento de enfermagem, dentre outros, possibilitando atendimento especializado em mais de 25 áreas médicas.

Ambos os CSCs proporcionaram uma melhor distribuição dos usuários do Sistema Único de Saúde desses locais que passaram a contar com uma estrutura nova, equipes de saúde da família composta por médico, odontólogo, enfermeiro e agentes comunitários e ainda com atendimento especializado dos profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), composto por fisioterapeuta, psicólogo, pediatra, fonoaudiólogo, assistente social e ginecologista. O CSC Professora Isabel Auler conta também com o atendimento especializado do Ambulatório de Saúde Mental Infanto Juvenil para atender demandas de média e grave complexidades e também serve de base para a equipe do programa Consultório na Rua que trabalha com as pessoas em situação de rua