Os funcionários dos Correios entraram em greve geral por tempo indeterminado. A greve foi decretada na noite desta terça-feira (10) em assembleias realizadas em diferentes estados do país.

A categoria quer impedir a redução dos salários e de benefícios, e é contra a privatização da estatal, que foi incluída no mês passado no programa de privatizações do governo Bolsonaro.

O reajuste salarial de 0,8% é um dos principais pontos reclamados pela categoria. No entanto, os trabalhadores querem também a reconsideração quanto a retirada de pais e mães do plano de saúde, melhores condições de trabalho e outros benefícios.

Conforme o sindicato que representa a categoria no Tocantins, cerca de 30 unidades já estão fechadas, mas a quantidade pode ser ainda maior, já que a entidade ainda computa o número de grevistas.

No Estado, são 746 servidores. Há unidades dos Correios em praticamente em todo o estado, exceto nos municípios de Bom Jesus e Chapada da Natividade.

“A decisão foi uma exigência para defender os direitos conquistados em anos de lutas, os salários, os empregos, a estatal pública e o sustento da família”, afirmou em nota a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect).

Em nota em sua página na internet, a federação informou que a greve foi decretada em São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins, Maranhão e na maioria dos estados do país.

Em nota, a direção dos Correios informou ter participado de 10 encontros com os representantes dos trabalhadores para apresentar propostas dentro das condições possíveis, “considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 bilhões”.

“O principal compromisso da direção dos Correios é conferir à sociedade uma empresa sustentável. Por isso, a estatal conta com os empregados no trabalho de recuperação financeira da empresa e no atendimento à população”, informou a estatal.

Rio de Janeiro

Na capital fluminense, funcionários dos Correios do Rio fazem uma manifestação nesta quarta-feira (11), na porta do Centro de Tratamento de Encomendas em Benfica, na Zona Norte.

Policiais militares do 22º batalhão (Maré) acompanham o protesto e tentam impedir que os manifestantes interditem o trânsito na Rua Leopoldo Bulhões, em frente ao Centro de Distribuição. Os grevistas já atravessaram os caminhões na via para impedir a entrada e saída de encomendas.

Servidores dos Correios no Maranhão deflagraram greve após assembleia geral — Foto: Divulgação / Sintect-MA

Servidores dos Correios no Maranhão deflagraram greve após assembleia geral — Foto: Divulgação / Sintect-MA

Maranhão

Em São Luís, os servidores dos Correios aprovaram a greve em assembleia geral realizada na sede administrativa do sindicato da categoria (SINTECT-MA), no bairro Radional, em São Luís.

Como parte do movimento grevista, o sindicato anunciou um seminário das 8h30 as 16h desta quarta-feira na sede do Sindicato dos Bancários, na Rua do Sol, no Centro de São Luís. O assunto em destaque será sobre a possibilidade de privatização da empresa.

Sergipe

Os serviços realizados pelos Correios em Sergipe estão afetados nesta quarta-feira (11), de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Estado de Sergipe (Sintect/SE), que representa cerca de 700 funcionários.

A estatal informou que irá adotar medidas já planejadas para garantir que as agências funcionem regularmente, bem como a entrega de cartas e encomendas.

Fonte: G1