De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o brasileiro é o povo mais ansioso do mundo, reunindo o maior número de pessoas com esse tipo distúrbio: 18,6 milhões. E segundo os especialistas, esse é um problema que não escolhe idade, por isso nossas crianças também sofrem com problema. 

Segundo a psicóloga sistêmica e de constelações familiares Laura Cunha Debs, ansiedade infantil sempre existiu, tendo somente mudando os fatores que a causam nos dias de hoje. A especialista, que estará no próximo sábado (19/10), às 9h, em mais uma edição do  Papo com Conteúdo que correrá na Casa Conceito do Plateau d’Or, no Setor Marista, lembra que uma criança que passa por tal condição não vai dizer que está ansiosa. Por isso é preciso que os pais fiquem atentos aos sinais que ela dá. Outro alerta feito pela psicóloga é que o motivo dessa ansiedade, na maioria das vezes, está justamente na falta de um tempo de qualidade entre pais e filhos. 

Laura Cunha explica que a ansiedade é um sentimento presente em todos os seres humanos, sendo bom nos momentos de enfrentamento de problemas, porém passa a ser prejudicial quando ocorre em demasia, podendo comprometer a saúde e relações sociais. Na infância, segundo a psicóloga que trabalha com crianças e terapia de família, os transtornos de ansiedade podem aparecer após os 4 ou 5 anos de idade, período em que é desenvolvida a área do cérebro que gera os sentimentos mais complexos. E os pais devem estar atentos aos sinais, pois caso não tratada a ansiedade pode persistir e comprometer a vida adulta da crianças.

Segundo ela, a relação familiar e a rotina de vida faz muita diferença.  “A geração que hoje tem por volta de 40 anos sofreu um separação que não era física dos pais,  o distanciamento e falta de diálogo deixou marcas e hoje adultos sofrem com reflexos da solidão. A nossa geração está distante por falta de tempo dos pais que trabalham muito e ainda tem o fator tecnológico que atrai as crianças cada vez mais cedo”.

De acordo com Laura, o importante para evitar a ansiedade infantil é que os pais dediquem tempo de qualidade aos filhos e os façam se sentir amados. “Temos que evitar o que chamamos de parentalidade extraída. Há uma falta de conexão, de abertura para que a criança tenha voz e seja,d e fato escutada. Talvez uma hora por dia, se for com qualidade, sem celulares e tablets, com conversa e afeto pode fazer muita diferença na vida de uma criança evitando que a ansiedade se torne um transtorno”, enfatiza. 

Para oferecer essas e outras dicas é que a psicóloga Laura Cunha é uma das convidadas da próxima edição do Papo com Conteúdo, que contará também com a participação da também psicóloga e Bruna Domingos e da fisioterapeuta Fernanda Ameloti. As três comanda um bate-papo com o tema “Saúde emocional das nossas crianças”. O evento, que é aberto ao público e gratuito, será conduzido pela influencer a  Andrea Mello, do perfil @mamynatureba. Para participar é necessário fazer a inscrição gratuita pela plataforma Sympla. O projeto Papo com Conteúdo é idealizado pelo Grupo Toctao. 


Serviço

Onde: Casa Conceito Plateau d’Or, Alameda Ricardo Paranhos, Setor Marista – Goiânia

Quando: 19 de outubro, a partir das 09 horas. 

Como: Participação gratuita, mediante inscrição pelo Sympla. Vagas limitadas. 

fonte: Comunicação sem fronteiras