Pablo Pereira de Souza foi condenado nessa sexta-feira, 18, pelo assassinato do casal João Miguel Pereira, de 62 anos, e Lindomar Cardoso, de 54 anos. Ele também foi considerado culpado por ter estuprado a mulher e furtado objetos das vítimas. A pena total foi fixada em mais de 53 anos de prisão. Os crimes aconteceram em Paraíso do Tocantins, em novembro de 2020.
O julgamento de Pablo Pereira ocorreu no Fórum de Paraíso do Tocantins. Após a decisão dos jurados, a sentença foi dada pela juíza Renata do Nascimento e Silva. O réu ainda pode recorrer da decisão.
As vítimas foram mortas a facadas em uma chácara na zona rural de Paraíso do Tocantins e o crime chocou a população da cidade. O réu era ex-funcionário do casal e confessou os assassinatos durante as investigações. Ele inclusive participou da reconstituição do crime e deu detalhes de como agiu.
O réu foi considerado culpado e condenado por:
- Homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e mediante recurso que impossibilitou a defesa de João Miguel Pereira. A pena foi de 22 anos, cinco meses e 15 dias.
- Homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e mediante recurso que impossibilitou a defesa de Lindomar Cardoso Pereira. A pena foi de 19 anos, e três meses de prisão.
- Estupro de Lindomar Cardoso Pereira. Pena de 8 anos, um mês e 15 dias de prisão.
- Furto tentado de motocicleta. Pena de sete meses e cinco dias de reclusão.
- Furto qualificado. Pena de dois anos e nove meses de reclusão.
A somatória das penas ficou em 53 anos e dois meses de reclusão. O juiz também negou a possibilidade do condenado recorrer em liberdade.
O crime
O crime aconteceu em novembro de 2020 em uma chácara na zona rural de Paraíso. As mortes teriam sido motivados por vingança, pois Pablo era caseiro da propriedade e acabou sendo demitido, meses antes dos assassinatos.
A demissão aconteceu porque o funcionário teria ficado relapso com suas funções e se insinuado sexualmente para a mulher. Além disso, os patrões teriam percebido o desaparecimento de objetos da chácara.
fonte: g1
Após ser preso, o acusado contou que foi até a chácara com a intenção de matar apenas o ex-patrão, João Miguel Pereira. Ele teria decidido matar a mulher, Lindomar Cardoso, porque ela presenciou o assassinato do marido.
Ele foi preso pela polícia um mês após as mortes e na casa dele foram encontrados objetos das vítimas, além de botas sujas de sangue.