Em seu primeiro discurso na tribuna, o deputado Freitas do PT (TO), que recentemente assumiu vaga na Câmara dos Deputados, resgatou nesta quarta-feira (7) o histórico de luta do Partido dos Trabalhadores em prol da melhoria de vida do povo brasileiro e questionou a postura de quem insistentemente tenta destruir esse legado.
“Aqueles que sempre defenderam a mudança sem nada mudar são os nossos principais críticos. Não toleram saber que um partido de trabalhadores, comandado por um metalúrgico, fez do Brasil uma nação soberana e não um apêndice das potências internacionais”, lembrou.
Refutou ainda o discurso falacioso de opositores que tentam sepultar o partido, mas que foram surpreendidos com o resultado das últimas eleições. “Elegemos a maior bancada desta Casa para a próxima Legislatura, inclusive historicamente o maior número de deputadas mulheres”, detalhou.
Disse ainda que o partido, entre todas as outras legendas, terá o maior número de governadores nos próximos quatro anos e terá seis representantes do Senado Federal. “E ainda terminamos o campeonato como vice-campeões com mais 47 milhões de votos”, afirmou, em referência às eleições presidenciais.
Nesse sentido, reforçou que todos esses brasileiros que votaram em Fernando Haddad escolheram um modelo de Brasil diferente do que será posto em prática pelo governo eleito. Disse que o modelo de desenvolvimento do PT e de Haddad preza, por exemplo, por investimentos na agricultura familiar, que produz muito, preserva a natureza, conserva as nascentes e não envenena os alimentos.
“Os milhões de eleitores de Haddad votaram por um Brasil inclusivo, por mais e melhores universidades, pelo ‘Minha Casa, Minha Vida’, por água para quem tem sede, pelo Luz para Todos, pelo Mais Médicos em todas as cidades brasileiras, pelo SUS fortalecido, por uma Previdência que atenda aos interesses de seus contribuintes e não ao mercado, pelo Ciência sem Fronteiras, pelos Institutos Federais Brasil afora”, elencou.
Desenvolvimento – Ao falar das propostas que defende para o País, o deputado disse acreditar que novo ciclo de desenvolvimento do Brasil passa pela mobilização do extraordinário capital social que o Brasil possui. Lembrou que são mais de 70 milhões de brasileiros e brasileiras em idade produtiva que atuam na informalidade ou como empreendedores individuais e que precisam do apoio do Estado.
“Para mim, a resposta a essa crise fabricada não se resolverá só com a chamada política de reindustrialização. Precisamos dela também, mas penso que a nossa saída para um desenvolvimento com sustentabilidade, passa por um forte programa de fortalecimento de microcrédito para tornar, em curto espaço de tempo, esses milhões de brasileiros e brasileiras em empreendedores”, sugeriu.
Tomando como exemplo o seu estado, Freitas do PT afirmou que somente em Tocantins existem aproximadamente 50 mil famílias, entre agricultores familiares e assentados da reforma agrária que precisam não apenas de recursos de fomento, mas de uma política de extensão rural capaz de mobilizar e qualificar esse grande contingente de força de trabalho.
“Fazer isso não é difícil, pois temos, do meu ponto de vista, o tripé necessário para que seja implementado: um povo trabalhador e criativo, terra fértil em grandes quantidades e clima de qualidade. Temos ainda conhecimentos acumulados por uma empresa extraordinária, a Embrapa. Falta apenas a visão de gestão do Estado e a vontade política de transformar esse estado cruel em um ambiente próspero e feliz”.