O encerramento do Encontro do Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC) e o 1º Encontro Nacional de Gestores da Rede Territórios da Cultura, na quarta-feira, 19, foi marcado por celebração, emoção e representatividade na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), com o show “Minha Voz é Resistência”, apresentado pelo grupo tocantinense Vozes de Ébano. A apresentação integrou a programação especial também em referência ao Dia da Consciência Negra, reforçando a potência das ancestralidades e das expressões artísticas negras do Tocantins.
A ida do grupo ao Encontro foi uma iniciativa do Comitê de Cultura do Tocantins, com apoio da Secretaria Estadual de Povos Originários e Tradicionais (Sepot), através da Diretoria de Fomento e Proteção da Cultura.
Com repertório repleto de identidade e emoção, o Vozes de Ébano transformou o palco na Esplanada dos Ministérios em um grande território de celebração cultural. Para a cantora Cinthia Abreu, o momento foi simbólico e inesquecível:
“Apresentar ‘Minha Voz é Resistência’, diante de pessoas de todo o Brasil, é reafirmar nossa luta, nossa história e o compromisso de colocar a arte negra do Tocantins no lugar de destaque que ela merece.”
A artista Fran Santos destacou o significado político do show:
“A gente canta para honrar quem veio antes e para abrir caminho para quem virá. Estar no encerramento do Encontro, no mês da Consciência Negra, é um chamado para seguirmos firmes, resistentes e unidos.” Já Malusa ressaltou a emoção do encontro com o público: “Ver tanta gente vibrando com nossas músicas, sentindo cada palavra, cada gesto, nos enche de força. Essa apresentação foi coletiva, foi nossa e foi do Brasil.”
Repercussão imediata do público
Entre o público presente, a recepção foi calorosa. A servidora pública Ana Cristina, emocionada, destacou: “Eu nunca tinha visto um grupo com tanta entrega e verdade. Saio daqui tocada e orgulhosa de ver mulheres negras ocupando esse espaço de forma tão grandiosa.” O agente cultural Rafael Moura também elogiou a força da apresentação. “O Vozes de Ébano mostrou porque a arte é resistência. Foi, sem dúvida, um dos momentos mais marcantes de todo o Encontro.”
O coordenador-geral do Comitê de Cultura no Tocantins, Kaká Nogueira, reforçou o propósito da iniciativa. “Este show reafirma a força da nossa cultura e o compromisso do Tocantins com políticas plurais e vivas. O Vozes de Ébano é símbolo dessa diversidade que defendemos e construímos diariamente.”
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O chefe do Escritório Estadual do MinC no Tocantins, Cícero Belém, fez um balanço sobre o papel do Encontro. “Esse é um espaço de troca estética e política. Ver o Tocantins representado com tanta potência nos orgulha e fortalece ainda mais nosso trabalho nos territórios.”
O secretário executivo do Ministério da Cultura, Márcio Tavares, também prestigiou o show e subiu ao palco para prestigiar as artistas.
Sobre o Grupo Vozes de Ébano
Criado em 2024, o grupo é formado por Cinthia Abreu, Fran Santos e Malusa, artistas negras que utilizam música, poesia e teatro como instrumentos de afirmação identitária e enfrentamento ao racismo. Em um ano, o Vozes de Ébano já alcançou mais de 10 mil pessoas presencialmente e mais de 40 mil visualizações nas redes sociais, colecionando apresentações com ingressos esgotados e uma equipe majoritariamente formada por pessoas negras e mulheres.
Sobre o Encontro Nacional
Promovido pelo Ministério da Cultura, o Encontro reúne agentes territoriais, comitês de cultura, sociedade civil e representantes do Governo Federal para fortalecer a cultura como direito e política pública. A delegação tocantinense participou desde domingo, 16, levando discussões, trocas de experiências e fortalecendo redes de articulação cultural em todo o País.
Sobre o Comitê de Cultura no Tocantins
O Comitê é fruto da parceria entre a Federação Tocantinense de Artes Cênicas (FETAC), a Associação Gurupiense de Artesãos (AGA) e o Instituto Social Cultural Araguaia (ISCA), integrando o Programa Nacional de Comitês de Cultura do MinC e atuando de forma descentralizada no estado para fortalecer a participação social e a política cultural territorializada.
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Cinthia Abreu
