Rogério Tortola – Especial para Gazeta do Cerrado
O Governo do Tocantins se posicionou nesta quinta-feira, 25, sobre os homicídios que ocorreram em Gurupi no Sul do Estado, na segunda-feira, 22.
O caso terminou com a morte de duas pessoas e um Policial Militar. O PM teria sido morto após suposto confronto com policias civis. O fato gerou um mal estar entre as corporações após um PM divulgar um vídeo nas redes sociais com tom ameaçador, no velório do PM.
A Secretaria de Comunicação do Estado chamou a imprensa, no final da tarde desta quinta-feira, 25, para tratar do caso.
Estavam presentes na coletiva realizada no Palácio Araguaia, o comandante geral da Polícia Militar, Jaison Veras, o secretário de segurança pública, Fernando Ubaldo Monteiro, além do delegado geral da polícia civil, Vinicius Mendes de Oliveira, e o secretário da casa civil, Rolf Vidal.
O primeiro a falar foi o comandante da Polícia Militar, ele fez questão de deixar claro para a população que não existe animosidade entre as polícias. “As ações entre as instituições transcorrem com normalidade. Estamos com nossos planejamentos sem nenhuma interrupção.
Como agentes públicos seguimos irmanados em prol do objetivo comum que é a segurança da sociedade tocantinense”, afirmou o comandante.
O secretário de segurança Pública, ratificou a palavras do comandante da PM em relação a colaboração entre as duas instituições. “Quero deixar bem claro para sociedade que não há desalinhamento entre as instituições”.
Disse ainda que continuam firmes no propósito de garantir a segurança nas operações e diligências pelo estado.
Com relação a vídeo onde um policial militar, diz que vai continuar a guerra de Gustavo Teles, PM que morreu na ação, o Jaison Veras, disse não entender o vídeo como uma ameaça e que o policial já havia procurado a corporação e explicado que não foi com esta intenção que ele teria feito o vídeo.
Sobre a atuação de um possível grupo de extermínio, Ubaldo, diz não acreditar nisso e que as investigações em curso é que vão dizer o que está acontecendo.
Já sobre a hipótese de ameaças sofridas pelo delegado da civil, que atendeu o caso, mais uma vez o secretário minimizou a situação e disse que ele deixou a cidade por ser de praxe em situações como a ocorrida e que ele teria folgas para tirar e o fez neste momento.
Entenda o caso
Na noite de segunda-feira, 22, polícia civil investigava a morte de Neuralice Pereira de Matos e Nataniel Glória de Medeiros que foram alvejadas por dois homens numa moto, em locais diferentes, em Gurupi, sul do Estado.
Ao avistar um veículo suspeito os policias civis começaram a perseguição. O 3º Sargento da PM Gustavo Teles, que estava na garupa da moto, foi baleado e veio a óbito no local.
As circunstâncias da morte ainda estão sendo investigadas.
Existem duas versões a Polícia Civil diz que após perder o controle da moto, os dois suspeitos levantaram coma arma em punho. ”Em determinado momento, o condutor da motocicleta perdeu o controle, ambos caíram e quando se levantaram, já levantaram com armas em punho.
Nesse momento houve reação da equipe de policiais civis, foi efetuado um disparo e um dos ocupantes da motocicleta foi atingido. Quando esse primeiro ocupante foi atingido, o segundo se entregou e colocou a arma no chão”, afirmou o delegado Hélio Gomes, no dia seguinte à ocorrência.
Na versão do PM que sobreviveu, Edson Vieira, o companheiro Gustavo teria sido atingido pelas costas pela viatura em movimento. Câmeras de segurança confirmam esta versão.
Edson Vieira confessou, em depoimento, estar presente e pilotando a moto quando as vítimas foram assassinadas por Gustavo, de acordo com ele.