Peru, chester, tender, mousse, castanhas entre outros tipos de comida que são servidas especialmente nas festas durante as ceias de natal e ano novo. É natural sentir a barriga cheia após as refeições e pensar que não cabe mais nada.
O problema sempre ocorre no dia seguinte, dia 25, dia de Natal, que há aquela sobra do jantar, e a comilança continua. Mas o que podemos fazer para acabar com a azia, má digestão e outros sintomas do exagero da noite anterior? Especialistas dão algumas sugestões:
Beba leite para combater a azia
Na véspera de Natal costumamos comer muita comida gordurosa, como carnes assadas, batatas cozidas, rabanadas fritas, comidas recheadas de manteiga, entre outros. Esse tipo de alimento retarda o esvaziamento gástrico. Como resultado, o estômago fica mais cheio, o ácido estomacal se acumula e é mais provável que suba pelo esôfago, causando azia e aquela sensação de queimação.
Beber leite pode ajudar, pois o alimento atuará como um “amortecedor contra o ácido”, diz Peter Whorwell, professor de gastroenterologia na Universidade de Manchester, e alivia temporariamente os sintomas.
O especialista também sugere remédios ácidos que possam ser comprados na farmácia, sem prescrição médica, que tem produtos químicos, incluindo alginato de sódio e hidrogenocarbonato de potássio, que revestem o esôfago e previnem irritação ácida.
“Eles também formam um gel na parte superior do fluido estomacal para impedir que mais ácido suba para a garganta e neutralizar o ácido”, diz Whorwell.
O professor também explica que beber sucos de frutas pode piorar a azia, pois são ácidos. Chás e preparações de hortelã-pimenta de alta concentração também não são indicados. “Se os seus sintomas persistirem por mais de duas a três semanas, consulte o seu médico para verificar se não há causa subjacente”, diz.
Suplemento para ressaca
Os sintomas da ressaca também costumam aparecer no dia seguinte, aquela dor de cabeça terrível, a náusea e a fadiga, muitas vezes devido a desidratação do organismo.
O álcool suprime um hormônio chamado vasopressina, que envia sinais aos rins e, como resultado, eles retêm líquidos. Isso aumenta a produção de urina e a perda excessiva de líquidos, causando sede, dor de cabeça e fadiga. O álcool também irrita a mucosa do estômago e aumenta a liberação de ácido, causando náuseas e dores de estômago.
Beber bastante água e água de coco pode ajudar a reduzir os sintomas da ressaca, pois eles ajudam na desidratação e na reposição de nutrientes e sais minerais perdidos durante a bebedeira.
Outra dica é um suplemento do aminoácido L-cisteína. Um estudo envolvendo 19 homens, publicado na revista Alcohol and Alcoholism, descobriu que aqueles que tomaram um destes suplementos (dose de 1.200 mg) tiveram menos dores de cabeça e náuseas relacionadas ao álcool.
Acredita-se que o composto ajude a neutralizar o acetaldeído, o subproduto tóxico do álcool.
Os investigadores concluíram que os efeitos da L-cisteína eram únicos e “parecem ter futuro na prevenção ou alívio destes sintomas prejudiciais”.
“Apesar da escala muito pequena do estudo, as descobertas intrigantes podem ser um caminho promissor a ser explorado para aliviar os sintomas da ressaca relacionados ao álcool”, diz os autores. A L-cisteína também pode ser encontrada em ovos, peru e iogurte.
Afaste-se daquele inchaço pós-almoço
Caminhar após as refeições melhora a digestão porque estimula o intestino e aumenta o fluxo sanguíneo para todos os músculos, incluindo os do sistema digestivo, para que os alimentos sejam transportados pelo corpo mais rapidamente.
Cápsulas de óleo de hortelã-pimenta podem ajudar com o inchaço, relaxando a parede intestinal, beber chá de camomila também pode ajudar a quebrar os gases no trato digestivo, apesar de os especialistas garantirem que ainda falta algumas evidências para isso.
Massagear a barriga da direita para a esquerda também pode ajudar a liberar o vento preso, pois segue o trajeto do intestino grosso.
Vença a tristeza festiva
É comum sentir-se sobrecarregado no Natal/Ano Novo. Em um inquérito realizado com 2.000 pessoas pela Skipton Building Society, três em cada dez afirmaram que a sua saúde mental despencou durante o Natal.
“O que todos nós precisamos é de um período longe do estresse, que é exatamente o que não temos no momento. O descanso é importante para nos recuperarmos da exaustão física e também do estresse psicológico”, diz o psicólogo clínico Roderick Orner, professor visitante de cuidados primários e pré-hospitalares na Universidade Lincoln.
O médico diz que as pessoas devem reservar um tempo no meio da loucura natalina para fazer algo que goste e passar um tempo ao ar livre para combater o estresse. “Você pode suportar muitos aborrecimentos se souber que também verá ou ouvirá outras pessoas que o apreciam”, diz.
Fonte – Agência O Globo via globo.com