Entre likes e haters (pessoas que postam comentários de ódio ou crítica sem muito critério), as eleições municipais deste ano tendem a ser mais virtuais que as anteriores por causa da pandemia da covid-19.
Adiada para novembro, a escolha dos futuros prefeitos e vereadores terá na internet um meio estratégico para partidos e políticos chegarem até aos eleitores. As legendas estão muito propensas e já partiram para o corpo a corpo virtual.
Nos municípios do Tocantins os pré candidatos já intensificaram as estruturas virtuais com assessorias e até empresas fazendo estratégias para as redes.
Na capital, a pre-campanha já começou nas redes tanto no Instagram, Twitter e principalmente no WhatsApp. Pre candidatos já montaram grupos de apoios para compartilhar informações sobre suas andanças e defesas.
O Twitter tem sido o palco principal de troca de farpas principalmente dos adversários com a prefeita Cínthia Ribeiro que sempre responde as provocações.
Cínthia inclusive explora estrategicamente as redes mostrando bastidores, opiniões e fazendo até anúncios oficiais da gestão.
Os pré-candidatos têm explorado vídeos, críticas e até lives já nas atividades de pre-campanha. O pré-candidato Ataídes Oliveira, por exemplo, lançou seu nome em evento pelo Instagram. O PSB de Carlos Amastha também chegou a promover evento virtual com pré-candidatos com participação de centenas de pessoas.
O pré-candidato Gil Barison também explora bastante as redes com vídeos temáticos de propostas.
Os apoiadores reagem com comentários, compartilhamentos e interação e a busca agora é pela audiência e número de seguidores.
Os pré-candidatos portanto precisam ficar atentos às vedações eleitorais, alertam os especialistas. O ex-ministro do TSE Henrique Neves considera que tanto candidatos quanto eleitores terão de se adaptar ao novo contexto independentemente da data das eleições municipais, se ainda acontecerem em meio à crise de saúde pública.
“Eleição municipal é a de sola de sapato, onde as pessoas vão de porta em porta. O que um candidato atingia em uma reunião com 50 eleitores, talvez agora precise fazer cinco reuniões com dez eleitores, no caso, Henrique Neves, ex-ministro do TSE.
Ele também citou o reforço no uso da internet, aplicativos de mensagens e das redes sociais, mas ponderou que milhões de brasileiros ainda não estão conectados a celulares e computadores.
“Vão ter de ser verificadas alternativas, como aquelas cartas que se enviava à casa dos eleitores expondo sua plataforma. A criatividade de cada candidato é que vai permitir que faça campanha”, afirmou.