Desde a semana passada, depois da decisão da paralisação que foi definina em Assembleia Geral Extraordinária, em Palmas, a categoria de servidores públicos estaduais representada pelo Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (SISEPE-TO), continuam em greve.

Eles reivindicam o pagamento dos retroativos da data-base 2015, além da implantação do índice de 9,8307% referente à data-base 2016. O Governo afirma que não há condições financeiras para o pagamento.

Em entrevista ao Portal Gazeta do Cerrado, o Presidente do SISEPE, Cleiton Pinheiro falou que a greve está sendo mantida com a mesma adesão, pois os servidores que aderiram estão com a mesma posição, e o interior também acompanha a mobilização.

“Hoje a classe esteve em reunião com OAB, para o reforço da adesão e uma maneira de facilitar a negociação,” contou.

Referente o seguimento da paralisação, o presidente informou que continuará firme e só terminará quando o governo do Estado entrar em acordo. Sobre a resposta do governo para a categoria, segundo o presidente, não houve contato para negociação porém na semana passada líderes do movimento grevista trataram do assunto com representantes do governo.

O presidente ressaltou que a partir desta terça-feira,16, entrará na greve outra categoria: a da saúde com os médicos, com expectativa de mais adesão e consequentemente ocorrerá mais problemas para a população. A greve dos médicos vai atingir os atendimentos ambulatoriais e as cirurgias eletivas. Serviços de urgência e emergência serão mantidos.

“Nós como sindicato estamos fazendo tudo na lei, e pedimos apoio para população cobrar juntamente com nós, assim tudo funcionará normalmente, com o direito respeitado, relatou”

Entramos em contato também com o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Área da saúde- SINTRAS, Manoel Pereira de Miranda, ele contou que a mobilização da está intensa, e hoje parou o Centro de Reabilitação.

De acordo com o presidente, a diretoria do SINTRAS está indo para os hospitais Geral de Gurupi, Guaraí e Araguaína para intensificar a paralisação. Ele ressaltou que os médicos estarão em adesão, deixando apenas atendimentos de emergências.

Segundo ele, as escalas mínimas estão sendo cumpridas. “Nós trabalhadores vemos que o governo não se preocupa com o que vem ocorrendo com a saúde, vamos manter a greve por tempo indeterminado, até as ultimas conseqüências,” finalizou.

Janice-Painkow

Esta é a primeira vez, em 27 anos de existência, que o SIMED-TO publica um edital convocando os médicos para decidirem sobre uma greve. Até hoje, sempre conseguimos manter os serviços de saúde funcionando através de muita conversa e negociação com o governo, demais sindicatos da saúde e os profissionais. Mas chegamos ao limite das negociações que não estão sendo cumpridas”, explica Janice Painkow, presidente do SIMED-TO.