LUGAR INCOMUM
Os vasos com samambaias quebram a rigidez da estante branca com módulos de tamanhos iguais, criando pontos de destaque. Projeto do arquiteto Sidney Quintela.
ARES DE MATA
Objetos inusitados, garimpados em ferros-velhos e caçambas, ganharam novas funções graças às paisagistas Gabriella Ornaghi e Bianca Vasone, do escritório Gabriella Ornaghi Arquitetura da Paisagem. O armário antigo e as gavetas de ferro, da loja Verniz, receberam avencas, samambaias, ciclantos, costelas-de-adão, jiboias e ripsális. Até as molas de um colchão antigo servem de base para barbas-de-velho. Há ainda vasos com marantamelancia e dracena-sanderiana. “Tivemos o cuidado de escolher plantas tropicais, algumas nativas da Mata Atlântica, que se adaptam às condições de um ambiente interno com claridade. A riqueza de tons de verde, volumes e texturas dá um toque diferente e, de certa maneira, sustentável”, explica Gabriela.
PLANTA CURINGA
Quem nunca comprou ou ganhou de presente um vaso de orquídea? Campeã no uso interno, ela pede poucos cuidados. Uma das espécies mais comuns é a falenópsis, cujas flores arredondadas variam entre o branco, o rosa, o amarelo e a púrpura. Por ser bastante delicada, é melhor escorar sua haste com um tutor. E vale a pena substituir os vasos de plástico pelos de barro, pois são porosos e drenam melhor a água. Deve ser cultivada à meia-sombra, recebendo iluminação indireta. Preste atenção na coloração da folhagem: se estiver escura, mude a orquídea de local
DIVISÃO VIVA
A viga deixa claro que existia uma parede ali e, apesar de o elemento ter sido retirado durante a reforma orquestrada pelos arquitetos Rogério Gurgel e Regina Strumpf, a separação entre a sala de estar e o home office ainda é bem demarcada. Além da mudança de piso, uma série de plantas ajuda a dividir as duas áreas. Samambaias, ripsális, rabos-de-burro, filodendros, costelas-de-adão, asplênios e pacovás foram reunidos pela paisagista Daniela Ruiz em diferentes modelos de vasos e suportes.
DESTAQUE NATURAL
Com folhas tão brilhantes que parecem até enceradas, a zamioculca chama atenção nesta sala de estar projetada pelo designer Marcelo Rosenbaum e pelo arquiteto Flavio Miranda. Ela foi posicionada logo ao lado dos janelões, junto a samambaias e a uma palmeira-camedórea. A simplicidade dos vasos de barro combina com o tapetede fibra natural criado por uma comunidade de artesãos em Várzea Queimada, no Piauí, e contrasta com a brutalidade da coluna descascada e do piso de cimento queimado.
LINDINHAS E FÁCEIS DE CUIDAR
As suculentas são plantas que apresentam raiz, talo ou folhas engrossadas, característica que permite o armazenamento de água durante períodos prolongados. Bastante fáceis de cuidar, elas costumam “avisar” do que precisam, basta prestar atenção aos detalhes. Se as folhas começarem a murchar, aumente gradativamente a quantidade de água; se as folhas da base começarem a apodrecer, diminua. Se ela ficar fina e perder muitas folhas, não está recebendo a quantidade necessária de luz. O ideal é proporcionar pelo menos quatro horas diárias de sol para que elas sobrevivam com saúde.
VERDE NAS ALTURAS
O vaso de peperômia decora a prateleira de Drywall criada acima da portapantográfica, que separa a cozinha da sala de jantar. Projeto das arquitetas Mariana Andersen e Mariana Guardani, do escritório Casa 14.
QUADRO VERDE
A falta de varanda era um problema no apartamento do paisagista Gil Fialho e da designer de interiores Anna Lucia Azevedo. Mas a questão foi contornada com uma solução esperta: o nicho entre as duas janelas da sala se transformou em um jardim vertical recheado de samambaias, bromélias e orquídeas.
TOQUES DE COR
O cróton chama a atenção por suas folhas coloridas e grandes. Brilhantes e um pouco retorcidas, elas surgem em tamanhos variados e podem mesclar tons de vermelho, roxo, rosa, branco, amarelo, verde ou laranja, formando lindas combinações. A folhagem exuberante somente será mantida se a planta receber bastante sol direto. Por isso, posicione o vaso próximo a uma janela. Dicas importantes: ela não se adapta a locais com ar condicionado; ao manipular a planta, utilize luvas, pois sua seiva pode provocar irritações na pele.
TRANSPARÊNCIA A FAVOR
Montar quadros com folhas prensadas é uma ótima ideia para trazer o verde para dentro de casa. E eles ficam ainda mais bonitos quando apoiados em uma janela. Conforme a luz atravessa os vidros, as texturas e nuances das folhas ficam mais evidentes. Na foto, foram usadas folhas de capuchinha e flor de estrelítzia.
ESPAÇO BEM APROVEITADO
Por apresentar um crescimento lento, a palmeira-leque é ótima para o cultivo em vasos. Mas é preciso colocá-la em ambientes amplos e bem iluminados, como neste vão embaixo da escada, com projeto assinado pelo paisagista Gil Fialho. Suas folhas grandes, plissadas e com margem dentada, em um lindo tom de verde brilhante, chamam a atenção de quem passa. Para mantê-la saudável, remova as folhas velhas e secas e adube a espécie durante o verão. O reenvase a cada dois anos também faz parte dos cuidados necessários. Proteja-a de ventos fortes e do aparelho de ar-condicionado.
JARDIM TROPICAL
Repleto de samambaias, bromélias e lírios-da-paz, este banheiro de 15 m² leva um jovem solteiro a passar horas na banheira, que tem vista para o Jardim Europa, em São Paulo. É quase um spa tropical, como ele pediu ao escritório Suite Arquitetos. “Um dos três quartos se tornou esta sala de banho”, conta a arquiteta Daniela Frugiuele, coautora do projeto ao lado de Carolina Mauro e Filipe Troncon. O dequede madeira de demolição esconde a tubulação e eleva a banheira, revestida de pedras hijau, da Palimanan. O jardim vertical da Vertia completa o clima e recebe espelhoretroiluminado, sobre o aparador que tem cuba de pedra-sabão. Em frente ao conjunto está um cocar indígena, e, em uma cabine à parte, bidê e vaso sanitário ficam isolados.
SALA COM ALGO A MAIS
Com aspecto escultural, a iuca apresenta folhas longas, rígidas, pontiagudas e com bordas serrilhadas. Como em algumas palmeiras, as folhas mortas podem demorar a cair, formando uma saia sob a copa. Se envasada ainda jovem, adapta-se bem ao ambiente interno. Cuide somente para posicioná-la em um local com bastante claridade e ventilação. Depois de bem estabelecida, torna-se extremamente resistente. É importante evitar o excesso de água, pois provoca o apodrecimento das raízes.
De coloração verde-clara, a samambaia apresenta folhas longas e pendentes, que costumam formar touceiras volumosas, demonstrando sua bela textura. Para tirar proveito dessas características, plante-a em vasos suspensos ou em um local alto. A iluminação ideal para cultivá-la é a meia-sombra, mas ela também gosta de receber iluminação difusa. O vento é um dos seus maiores inimigos, pois acaba queimando as folhas mais jovens.
SORTE E ALEGRIA
Acredita-se que a presença da árvore-da-felicidade na casa traz harmonia e sorte, mas para isso é preciso ganhar um exemplar de presente. Há quem acredite também que as boas energias são garantidas somente quando plantadas no mesmo vaso as duas variedades: a macho e a fêmea. Apresenta folhas pequenas, delicadas e de cor verde-escura. Para mantê-las bem escoradas, utilize tutores de madeira. Aceita sol pleno, meia-sombra ou luz difusa, mas ficará mais viçosa e cheia em áreas bem iluminadas. Atenção: ela não tolera fumaça de cigarros, ar-condicionado ou vento em excesso.
QUADRO VERDE
A peperômia tem uma folhagem pendente muito ornamental, de aspecto delicado. Suas folhas são suculentas e em formato de coração, geralmente em tons de verde com bordas amareladas ou brancas. Ótima para o plantio em jardins verticais ou vasos suspensos. Deve ser cultivada à meia-sombra e aguenta até iluminação com luzflorescente, sendo uma boa opção para escritórios.
TOPO VERDEJANTE
Esta cozinha projetada pelo Estúdio Minke para um jovem casal com dois filhos conta com armários revestidos de Formica azul mineral, projetados sob medida pelo escritório e executados pela Proforma Marcenaria. Próximo ao teto, serralheria em L de ferro com vidros leitosos e chapas lisas, também desenhado pelas arquitetas Camila Stump e Nabila Sukrieh, do escritório Estúdio Minke, recebeu exemplares de peperômia e jiboia.
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COMPOSIÇÃO VERDEJANTE
O caule do ciclanto é quase inexistente, já suas folhas são exuberantes: grandes, largas e com aspecto amassado. Vai superbem em ambientes internos à meia-sombra e não precisa de vasos muito fundos. A umidade é essencial para essa espécie. Uma boa dica é proteger o solo do vaso com casca de pínus, para diminuir a evaporação da água de regas.
FÁCEIS DE CUIDAR
Ótima opção para quem não tem tempo ou jeito para cuidar de plantas, os cactosgostam de muitas horas de luminosidade direta e pouca água. Quanto mais sol seu exemplar receber, mais robusto e bonito ele ficará. Quando plantado em vasos, ele estaciona seu crescimento ao perceber que o espaço acabou.
Por: Casa e Jardim