A DPE – Defensoria Pública do Estado do Tocantins, através do NUAmac –
Núcleo Aplicado de Minorias e Ações Coletivas de Araguaína realizou
atendimento nesta sexta-feira, 28, no abrigo de idosos Lar Cantinho do Vovô. A
ação integra o dia nacional de mobilização contra as reformas trabalhista e
previdenciária.

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Segundo o defensor público Sandro Ferreira Pinto, coordenador do NUAmac
Araguaína, o Núcleo Aplicado de Minorias e Ações Coletivas, preocupado com o
desmantelamento de direitos básicos outrora conquistados pela população
brasileira, assume seu papel de defesa neste momento de luta e adere ao
movimento chamando a atenção da sociedade tocantinense para uma categoria
fortemente atingida pelas mudanças: o idoso.
Durante o atendimento, a equipe da Defensoria Pública identificou que o maior
problema individual é a necessidade de medicamentos de uso contínuo. Também há
muita preocupação com a questão previdenciária, pois os idosos precisam dos
benefícios para a subsistência da casa. Outro ponto verificado no âmbito
coletivo é a necessidade de acompanhamento por médico psiquiatra, psicólogo e
fisioterapeuta.
“Quanto mais a seguridade social dificultar o acesso à aposentadoria e
direitos correlatos, mais tormentoso será o processo de envelhecimento,
principalmente para as pessoas mais carentes. O idoso no Brasil já sofre
constantemente pela falta de serviços públicos em quantidade e qualidade
adequados ao seu perfil etário. E a situação agrava-se quando falta aporte
financeiro mínimo para auxiliar na subsistência e cuidados mínimos. Esse será
uma dos efeitos nefastos na reforma previdenciária”, afirma o defensor público
Sandro Ferreira Pinto.
Para ele, é preciso compreender que todos envelheceremos e, embora hoje para o
jovem e empregado pareçam distantes os efeitos das alterações legislativas,
mais cedo ou mais tarde, todos sofreremos as consequências da perda de
direitos. E sofreremos, em regra, justamente na etapa da vida em que estaremos
mais sensíveis às contingências.
O Lar Cantinho do Vovô abriga cerca de 15 idosos, a maioria entre 60 e 80 anos
de idade. Praticamente todos dependem da aposentadoria da previdência social.