Rogério Tortola – Gazeta do Cerrado
O clima nesta segunda-feira, 29, é de comoção e cobrança no julgamento do caso Danielle Cristina Lustosa Grohs.
A audiência de instrução e julgamento começou às 14h e deve se estender até a noite. Ao todo 13 testemunhas serão ouvidas durante o interrogatório.
Na chegada ao tribunal o suspeito Álvaro Ferreira da Silva, foi vaiado por manifestantes na entra do fórum.
Uma das testemunhas que esteve preso junto com médico quando ele foi denunciado por agressão, disse em depoimento que o Silva teria dito que iria matar a mulher.
“Mulher ruim é igual cobra tem que quebrar a cabeça”, relatou a testemunha. “Ele havia dito ainda que voltaria a prisão, só que desta vez por tirar a vida da ex-mulher”.
Após ouvir as testemunhas de defesa e acusação, o juiz responsável pelo caso, Dr. Gil Correia, vai avaliar as provas e decidir o réu vai ou não à júri popular.
Amigos e parentes da vítima clamam por Justiça. A mãe de Danielle, Simara Lustosa, estava muito emocionada e conversou com a equipe da Gazeta do Cerrado. Ela disse não ter dúvidas de que o acusado cometeu o crime e ainda premeditou a ação, a motivação seria financeira.
“Estou esperando por Justiça desde o dia 18 de dezembro do ano passado, quando ele matou minha filha”, disse a mãe de Danielle.
Ela falou sobre o relacionamento do casal: “ele era um homem muito violento, só na base do grito, um homem arrogante, para ele só existe cifrão bens matérias”, desabafa Simara.
As amigas de trabalho da professora que acompanham o julgamento reafirmaram que ela vivia um relacionamento abusivo.
“Ele se aproveitava, subestimava a inteligência dela, havia ciúmes, por ela ser mais jovem, várias vezes chegou com marcas rochas, ela disfarçava, mas a gente sabia, quantas vezes ela chorou”, disse Maria das Dores Caldas, diretora da escola onde ela trabalhava.