Caso foi registrado na 3ª Delegacia de Polícia Civil
“Me deram uns murros na parte do abdômen – Daí ele começou a dar sequência de martelo nos dois primeiros dedos – “, isso são partes dos relatos de dois jovens que alegam terem sido agredidos e torturados por agentes da Guarda Metropolitana de Palmas.
Um boletim de ocorrência contra as agressões foi registrado na 3 ª Delegacia de Polícia Civil no último dia 23 e o caso divulgado para a imprensa nesta semana.
O caso foi dado em primeira mão pela TV Anhanguera e a tortura teria acontecido em uma casa na quadra 603 Norte.
Os jovens que preferiram não se identificar com medo de represálias estão com as marcas das agressões pelo corpo.
Durante uma entrevista, os jovens contaram todos os detalhes sobre o caso. Um deles disse que os guardas iniciaram pedindo para que eles colocassem as mãos na parede.
“Eles começaram a fazer a abordagem né, pediu para mim encostar a mão na parede. Depois, em sequência coloquei a mão na cabeça. Eles começaram a fazer as perguntas: quem era o proprietário da casa. Eu disse que era eu, né. Aí perguntou se tinha drogas dentro da casa, eu disse que não tinha. Perguntou se eu era usuário, eu disse que não era. E começou já as agressões, perguntando se eu tinha passagem pela polícia [sic]”, relembrou.
O outro rapaz disse que os agentes, depois de agredir o amigo, começou a agredí-lo.
“Depois que me deram uns murros sobre a parte do abdômen aqui, eles vieram com um facão e começaram a me agredir”.
Segundo consta no boletim de ocorrência, eles alegam tortura.
Os jovens afirmaram ainda que não reagiram a ação e ainda assim, levaram murros de três guardas metropolitanos. Um deles teriam segurado o braço da vítima para trás enquanto o um outro guarda dava sequência às agressões.
Marteladas na mão
Uma das vítimas da agressões relatou que ao ser questionado se ele tinha alguma droga no quarto, um dos agressores pegou um martelo.
“Ele pegou o martelo e perguntou se tinha droga dentro do quarto. Eu disse que não havia. Daí começou a dar sequência de martelo nos dois primeiros dedos”, afirmou.
Os jovens negaram que tenham envolvimento com qualquer tipo de crime e as agressões e tortura teria durado aproximadamente 40.
O que diz a Sesmu
A Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana (Sesmu) informou que quando for notificada sobre o caso oficialmente pelas autoridades, fará a apuração, garantindo amplo direito ao contraditório e adotando as medidas cabíveis.
Equipe Gazeta do Cerrado
Foto: Reprodução TV Anhanguera