Deputado federal Vicentinho Junior e o governado do Tocantins, Mauro Carlesse – Foto: Montagem Gazeta
O deputado federal Vicentinho Júnior (PL) e o governador do Tocantins, Mauro Carlesse (DEM) trocaram farpas novamente. No Instagram, por meio dos stories, o parlamentar faz graves acusações contra o chefe do Executivo.
“Tento acreditar na boa fé do governador Mauro Carlesse”, diz Vicentinho ao iniciar o vídeo. Ele afirma que faz sua parte em Brasília e destina recursos para o enfrentamento do coronavírus. “Quando ele diz que falta recurso para investimento e pagar os servidores da saúde em dia que estão na linha de frente, para vacinação, para leitos de UTI, falta para as EPIs, para a testagem. Eu quase acredito. Eu falo quase, porque quando vou averiguar o Diário Oficial do Tocantins me deparo com um absurdo desse. A inflação de 2020 para 2021 ela varou em torno de 5%”, disse o deputado.
Vicentinho diz que se deparou com dois contratos no DOE. “O Governo do Estado aumenta nestes dois contratos quase 35% na alimentação dos presídios do Tocantins. Vejam bem, eles aumentaram em um contrato mais de R$ 8 milhões, e no outro mais de R$ 1 milhão, mais de R$ 9 milhões. Eu quero entender. O preso merece sim uma alimentação digna, mas será que é necessário um aumento de 35% no contrato de manutenção das marmitas? Governador Mauro Carlesse ponha a mão na consciência. Está sobrando dinheiro?”, questiona o parlamentar.
O deputado afirma que os contratos tem cara de coisa errada. “Não justifica esse aumento no reajuste. Fica aqui o alerta ao Ministério Público Estado para averiguar o que há por trás dessa névoa que paira sobre estes dois contratos”, diz Vicentinho.
“R$ 10 milhões dá para comprar quantas vacinas? Comprar EPIs, pagar os servidores em dia. Veja o que vale a pena? Se é você encher o bolso de empresário de Goiânia, ou se você encher o coração do tocantinense comprando as vacinas. Tá aí a dica!”, finaliza Vicentinho.
Carlesse rebate
Em resposta ao deputado, Mauro Carlesse divulgou nota afirmando que o deputado falta com a verdade quando atribui afirmações nunca ditas por ele, no que diz respeito falta de recursos para o pagamento dos salários de servidores; para abertura de leitos de UTI; para aquisição de EPIs; para aquisição de vacinas contra a Covid e para testes para aferir contaminação do Coronavírus.
O texto ainda ainda que, toda a população tocantinense é ciente que foi na gestão Mauro Carlesse que o Estado do Tocantins voltou a ser enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal, graças a um rigoroso controle nos gastos públicos, justamente para que o Governo do Estado pudesse recuperar a capacidade de investimentos e implantar mais de 400 leitos para o tratamento da Covid em todo o Estado; fazer a aquisição sempre com antecedência de EPIs e demais insumos. Também é público, que foi na gestão Carlesse que os servidores públicos estaduais voltaram a receber os salários no primeiro dia útil do mês, ou até mesmo adiantado. O referido parlamentar não encontrará nem na imprensa ou em qualquer pronunciamento do governador Mauro Carlesse, afirmações como as ditas pelo parlamentar e atribuídas ao Governador, tratando-se, portanto, de novas afirmações inverídicas do deputado Vicentinho Júnior.
Sobre o contrato de alimentação dos reeducandos nos presídios, a nota afirma que, diferente do deputado Vicentinho Júnior, a população tem conhecimento do quanto os preços dos itens que compõem a alimentação básica de todos os brasileiros tiveram aumento no último ano, bem acima da inflação. E essa é mais uma informação pública, que só o deputado Vicentinho Júnior desconhece. Os aditivos a esses contratos foram confeccionados obedecendo todas as normas legais e estão à disposição dos órgãos de controle para a devida fiscalização.
A resposta destaca que tanto a população tocantinense, quanto o governador Mauro Carlesse, entendem que a atuação do deputado Vicentinho Júnior em Brasília, seria muito mais produtiva se o mesmo destinasse recursos para a Saúde do Estado investir na melhoria da qualidade do atendimento para a população, ao invés de atuar somente em redes sociais, disseminando informações falsas e se promovendo em cima da fragilidade das pessoas por conta da pandemia.