O deputado federal Célio Moura (PT-TO) enviou cartas às principais autoridades do Tocantins para evitar o despejo de 50 famílias acampadas na Fazenda Consolação (renomeada Fazenda Uirapuru II), localizada nos municípios de Crixás e Aliança. Estas famílias ocupam a área desde 1997 e em 2009 foi assinado decreto de criação do assentamento, ainda na gestão do presidente Lula. Célio argumenta com as autoridades que mesmo após a criação do assentamento por motivos estranhos o Incra não assentou as famílias na terra.
“Na época houve conflitos com os que se dizem donos da terra colocando jagunços para tentar expulsar a família e agora, mesmo com decisão do STF de não realizar desocupações houve decisão judicial neste sentido. Por isso, estamos pedindo ao próprio juiz que reveja sua decisão e que outras autoridades nos ajudem a impedir que estas famílias sejam jogadas no meio da rua”, diz Célio Moura.
Célio fez pronunciamento em sessão de hoje da Câmara dos Deputados e apelou dizendo que “a desumanidade jamais pode ser naturalizada, pois são 50 famílias em risco iminente de despejo criminoso no Acampamento Dom Tomás, no município de Crixás no sul do Tocantins”.
Foram enviados documentos ao governador Wanderlei Barbosa, ao secretário de segurança, Wlademir Costa Mota, ao deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, ao juiz de Direito Nilson Afonso da Silva, da Comarca de Gurupi, e ao presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins, desembargador João Rigo Guimarães.