Na sessão matutina desta terça-feira, 31, o deputado Elenil da Penha
(MDB) reapresentou um requerimento ao Governo do Estado que solicita a
ampliação do número de vagas do último concurso da Polícia Militar do
Tocantins (PM-TO). A proposta aumenta de 1.000 para 1.500 as vagas
oferecidas no certame, realizado no mês de junho deste ano.

A justificativa do autor é de que, atualmente, o efetivo de policiais
militares no Estado está abaixo do previsto. Conforme informações de um
levantamento feito em 2017 pelo Ministério Público Estadual, a Polícia
Militar do Tocantins tinha à época menos da metade do efetivo
necessário. De acordo com a legislação estadual, o ideal seriam nove mil
agentes. Contudo, no Estado havia 3.660 militares, ou seja, apenas 40%
do ideal.

“Mesmo com os aprovados no último concurso, ainda não se chegará ao
número ideal de policiais. Por isso, solicitamos a retificação do
edital”, argumentou Elenil. Ele aponta que a falta de policiais gera
insegurança diante do aumento da criminalidade, especialmente em cidades
do Estado tidas como pacatas.

O mesmo argumento é defendido por outros parlamentares, via requerimento
ao Executivo, como Vanda Monteiro (PSL), Zé Roberto (PT), Leo Barbosa
(Solidariedade), Júnior Geo (PROS) e Valderez Castelo Branco (PP).

Para os deputados, o histórico de concursos de carreiras policiais
apresenta altos níveis de reprovações, abstenções ou desistência apenas
na etapa do Teste de Aptidão Física (TAF) e que aumenta ainda mais no
decorrer dos certames com as demais etapas de avaliação psicológica,
avaliação médica, investigação social e da vida pregressa.

O concurso

Realizado a 6 de junho de 2021, o concurso da Polícia Militar do
Tocantins contou com mais de 45 mil inscritos, com a aplicação das
provas objetivas em 20 cidades. O edital original previa mil vagas para
soldado: 950 para o setor operacional, 25 para o quadro de músicos e 25
para a área da Saúde. Os aprovados na etapa inicial passarão também por
exame de capacidade física, avaliação psicológica, investigação social e
da vida pregressa, e curso de formação.

Penaforte Diaz
Foto: Clayton Cristus