Maria José Cotrim
Na tarde desta quarta-feira, 18, aconteceu o desagravo público ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Tocantins (OAB-TO), Walter Ohofugi. Foram apenas 15 minutos.
Dezenas de advogados estiveram presente no evento que acabou por fim sendo no auditório da instituição.
O agravo começou com quase uma hora de atraso. Ohofugi iniciou falando e disse que o momento é de tristeza. ” Foi uma agressão à toda advocacia e a sociedade porque estávamos apenas exigindo nossa obrigação constitucional. Não podemos ter agressões”, disse.
Ele agradeceu a presença e solidariedade de todos.
“O Tocantins ofereceu ao Brasil um grande presidente da OAB. Que os advogados do Tocantins se sintam orgulhosos desse grande homem”, disse um representante da OAB de outro Estado.
O presidente da OAB de Sergipe leu a nota de desagravo público em nome do conselho que cita episódios de críticas do ex-prefeito a Ohofugi. ” A instituição foi desqualificada pelo ofensor com vocábulos inaceitáveis”, disse.
“Recebe o ofensor o mais veemente repúdio da OAB que neste ato”, afirma em outro trecho da nota.
O presidente nacional da OAB falou em seguida e fez saudação especial a todos os presentes. “Foi injustamente atacado e agressivamente atacado de maneira que a Ordem não pode aceitar”, disse.
Ele afirmou que Ohofugi é uma liderança nacional consolidada. ” Merece a solidariedade em nome da sociedade brasileira porque quando foi agredido Walter Ohofugi agia como presidente da maior instituição da sociedade civil”, disse ao levantar a voz.
Ele falou do papel do presidente da OAB e disse que o aumento do IPTU poderia chegar a 400%. “O Brasil não precisa de aumento de carga tributária. Chega desse ideia de resolver os problemas com aumento de tributo. Este gestor público ao invés de dialogar agride o presidente da OAB: pelo twitter! Isso é maneira de se administrar?”, Questionou.
Ele elogiou a atuação da OAB Tocantins. ” Não estamos aqui para agradar estes ou aqueles mas para dizer o que tem que ser dito”, encerrou.
Entrevista
À Gazeta, Ohofugi afirma que evento não perdeu o time, e foi adiado devido a agenda do presidente do Conselho Federal, Claudio Lamachia. “Na verdade, era para ter sido feito antes, mês passado. Mas, por conta da agenda do presidente, Claudio Lamachia, ele fez questão de vir ao desagravo. Na verdade, foi aprovado em fevereiro”, confirmou.
O ato é resultado as declarações do ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, que chegou a dizer que a Ordem não representa a população e sim os anseios dos “clientes e filiados”.
“Vai ter uma manifestação. Quem está liderando esse desagravo é o Conselho Federal. Eu não sei a dinâmica do que vai acontecer, eu sou o agravado. O cerimonial é todo de Brasília”, destacou.
Sobre sua filiação, Walter diz que apenas exerceu um direito. “Na verdade, eu exerci meu direito. Quero deixar claro que a política partidária não se mistura com a OAB. Aqui, estamos num movimento da OAB. Vou me reservar e não comentar sobre isso. Apenas exerci meu direito de me filiar”, disse.