Há exatamente um ano, a menina Laura Olivera saiu de casa para ir a um supermercado, no setor Lago Sul, em Palmas, e desapareceu. Na época, ela tinha 9 anos e morava com a avó Gilsandra Oliveira. Apesar do tempo que passou, o mistério continua. A Polícia Civil diz que segue com as investigações, mas que ainda não encontrou qualquer informação que leve ao paradeiro da criança.
A saudade é constante. Para aliviar a dor, a avó se refugia no quarto que era da menina. Desde o dia 9 de janeiro de 2016, Gilsandra guarda tudo da neta: as bonecas, os livros, os cadernos e as roupas. Tudo está no mesmo lugar.
Desde abril do ano passado, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente investiga o caso. Neste período, a delegada Maria de Souza diz que os agentes revisaram toda a investigação anterior.
“Eles estão sempre buscando as informações, já fizeram toda uma busca minuciosa, um relatório minucioso do inquérito, procurando porventura buscar alguma falha que porventura ficou, alguma diligência que ficou sem ser realizada”.
A delegada explicou ainda que algumas testemunhas foram ouvidas novamente para esclarecer algum detalhe que ficou obscuro. “Infelizmente nós não conseguimos alguma informação, alguma pista concreta que nos levasse à localização da Laura”.
Maria afirma que a partir de fevereiro a polícia vai traçar novas linhas de investigações. “As investigações irão continuar até que seja elucidada esse desaparecimento, ou até mesmo o homicídio. A gente não se sabe ao certo se ela está viva ou se ela está morta”.
Entenda
Laura Vitória saiu de casa por volta das 10h30 de sábado, 9 de janeiro, para ir a um supermercado e desapareceu. Ela morava com a avó na região sul da capital. As imagens das câmeras de segurança do estabelecimento mostram quando a menina entrou no local. Ela ficou por alguns minutos e depois saiu com uma sacola na mão. Depois, ela não foi mais vista.
As investigações sobre o desaparecimento atualmente estão com a Delegacia Especializada na Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O caso já esteve com a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), quando um suspeito chegou a ser preso, mas foi liberado após prisão provisória por falta de provas.
Um ex-namorado de Sione Pereira de Oliveira, mãe biológica de Laura, foi ouvido pela polícia e liberado. A mãe, inclusive, foi submetida a exames toxicológicos para averiguar o uso drogas.