O café é procurado por muitas pessoas porque, além de gostoso, ajuda a mantê-las acordadas, e isso é verdade. Durante o dia, o corpo produz adenosina, que ajuda a dormir. Com a ingestão de cafeína, os receptores dessa substância confundem as duas, fazendo com que a pessoa permaneça ativa por mais tempo.
O problema é que em algum momento a adenosina vai começar a “ganhar”, e a pessoa terá que tomar cada vez mais café para atender a quantidade de receptores que se multiplica.
O café, entretanto, não afeta apenas essa função do corpo. Pesquisas apontam que várias outras funções do metabolismo e do sistema nervoso são modificadas pela cafeína. Confira.
Afeta seu humor
Uma pequena quantidade de cafeína pode afetar positivamente o humor das pessoas, diminuindo até os riscos de depressão se ingerida em forma de café. Isso acontece porque, justamente por se relacionar com receptores, ela permite que a dopamina e a glutamina, outros estimulantes naturais produzidos pelo cérebro, circulem livremente, deixando o indivíduo mais alerta, menos entediado e proporcionando impulsos de humor.
O lado ruim é que ao ingerir café o corpo libera adrenalina, pois entende que o corpo está em “estado de alerta”. Logo, a pessoa pode correr e lutar, mas também tende a se irritar, ficar ansiosa e mais emocionalmente carregada com mais facilidade.
Ajuda a melhorar a memória
Foi comprovado que a cafeína pode ajudar a melhorar a memória — em casos como ter de lembrar listas de palavras e informações diretas. Um estudo recente indica que os extrovertidos recebem mais impulso de memória graças à substância do que os introvertidos, o que explica os diferentes resultados encontrados. Mas atenção: segundo a pesquisa, a relação só funciona para quem não está habituado a ingerir café.
Ajuda a focar
Segundo estudorealizado na França, pessoas que consomem cafeína têm mais facilidade para focar em alguma tarefa, mesmo quando estão fatigadas. Contudo, consumir muito da substância pode causar o efeito contrário.
Pode ter efeito placebo
Para algumas pessoas a cafeína não funciona mais como estimulante, mas apenas como um “lembrete” para o corpo dos efeitos que ela tem. Isso significa que quando alguém que toma muito café para de ingeri-lo pode se sentir cansado e sonolento. Isso ocorre porque a pessoa se tornou viciada na substância.
Talvez diminua o apetite
A maior parte dos estudos nessa área são inconclusivos. Acredita-se que ao consumir um pouco de café a fome passe por alguns instantes, mas não será o suficiente para matá-la. Pesquisas estão sendo feitas em animais, mas nada de relevante foi encontrado ainda.
Facilita a ação de alguns remédios
Pesquisadores da Universidade de Erlangen-Nuremberg provaram em 2007 que algumas drogas têm o efeito potencializado pela cafeína, podendo fazer efeito mais rápido e até sendo mais eficazes. Exemplos são os analgésicos paracetamol e ácido acetilsalicílico.
Ajuda (e muito) nas práticas esportivas
A cafeína é um dos melhores estimulantes para atividades esportivas, já que é possível calcular a dose ideal de ingestão da substância e não é preciso consumi-la diariamente. “Se você pode tolerá-la, a cafeína pode ser a melhor coisa que você pode ter para melhorar seu desempenho”, disse o fisiologista Matthew Ganio a The Atlantic.
Fica no corpo por muito tempo
O efeito de um cafezinho tomado às 18h pode durar a meia-noite. Isso porque a cafeína permanece no nosso sistema por até cinco ou seis horas após a ingestão, o que pode fazer com que a hora de dormir fique mais difícil.
Pode dar dor de estômago
A ingestão exagerada de café pode causar muitas dores de estômago e azia, principalmente se ingerido em jejum.
É a droga psicoativa mais utilizada no mundo
A cafeína é a droga psicoativa mais utilizada globalmente e, para o neurocientista de Harvard Charles Czeisler ela e a luz elétrica possibilitaram que os humanos vivessem “além do ciclo do Sol”, ou seja, também tivessem atividades durante a noite. “[O café e a luz elétrica] possibilitaram a grande transformação dos esforços humanos da fazenda para a indústria”, disse à National Geographic.
(Com informações de Business Insider.)