Lucas Eurilio/Repórter Gazeta do Cerrado
O desembargador aposentado do Tocantins Liberato Póvoa vai se candidatar a um cargo de deputado federal pelo estado de Goiás. Póvoa se filiou ao Partido Social Liberal (PSL) em Goiânia e irá concorrer nas eleições deste ano.
Póvoa conversou com nossa equipe da Gazeta do Cerrado que vai se candidatar pelo estado de Goiás porque segundo ele, o Tocantins não valoriza os políticos que têm.
“Moro no Tocantins desde o início, sou inconformado com a desvalorização que os políticos da terra sofrem. Todo mundo que vem de fora, se candidata, ganha, rouba e deixa a população a mercê dos problemas”.
Questionado sobre as acusações contra ele na operação, Liberato Póvoa é enfático, segundo ele, nem o Superior Tribunal Federal pode julgá-lo.
“Eu tinha 42 processos em andamento, consegui provar minha inocência em 41 deles. O último que é da Operação Maet, está lá em Brasília. Estão segurando ele para poder usar contra mim. Questões políticas, mas pra se ter uma ideia, não posso ser julgado nem pelo STF, porque sou aposentado”, disse..
A Operação Maet foi deflagrada pela Polícia Federal em 2010 e em 2017 denunciou cerca de 16 suspeitos, entre eles desembargadores, procuradores-gerais, servidores do Poder Judiciário e advogados.
Na época, os 16 suspeitos estavam sendo acusados de estar envolvidos em esquemas de venda de sentenças e fraudes em cobranças de precatórios.
Entrevista exclusiva
Em julho do ano passado o desembargador aposentado concedeu uma entrevista exclusiva para a Gazeta do Cerrado na qual falou sobre sua vida atual após a Operação Maet, que o afastou do Tribunal de Justiça do Tocantins e com a aposentadoria. Há mais de seis anos fora do Tribunal, ele agora se dedica á literatura no Estado de Goiás mas ainda demonstra mágoa pela Operação na qual foi acusado, junto com outros desembargadores, de venda de sentenças.
Ele falou da senadora Katia Abreu contra quem faz várias acusações. Confira a entrevista exclusiva concedida na ocasião.