Após a operação TOTH , o desembargador Ronaldo Eurípedes, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins, se declarou suspeito para julgar um processo em que é investigado por suposta venda de sentença.
“Em razão das recentes notícias veiculadas na mídia, que inadvertidamente sugerem a minha parcialidade no julgamento do presente feito, tendo inclusive sido deflagrada uma investigação policial sobre o caso, com infundadas imputações a minha pessoa, hei por bem em me declarar suspeito para atuar neste processo [sic]”, afirmou o desembargador na decisão publicada nesta quinta-feira (16).
Eurípedes declarou ser inocente de todas as acusações, mas se considerou inapto para julgar um processo milionário da Prefeitura de Lajeado contra o governo do Estado, que cobra repasses do ICMS.
Investigações
A Polícia Federal apura se o desembargador vendeu o Habeas Corpus que concedeu liberdade ao dono de posto de combustível Eduardo Pereira, o Duda, acusado de mandar matar o empresário Leobas, ainda em 2016, em Porto Nacional.
Eurípedes também é investigado por supostamente vender sentenças no caso da morte da morte do empresário Wenceslau Leobas e em uma chacina ocorrida em 2012, no norte do Tocantins, em que o suspeito recebeu um habeas corpus do desembargador em 2013.
Ministério Público Federal afirma que Eurípedes recebeu R$ 300 mil para tirar da cadeia Carlos Roberto Pereira.
*Com informações do G1 Tocantins