Maria José Cotrim
A campanha eleitoral no Tocantins teve vários momentos marcantes e polêmicos. O primeiro deles aconteceu justamente após as convenções partidárias quando o candidato Carlos Amastha desistiu da disputa após ser indicado na cabeça de chapa. O fato foi furo jornalístico da Gazeta do Cerrado que noticiou em primeira mão. Ele alegou ter ficado desmotivado com a saída do PCdoB e do PTB de sua coligação. As legendas saíram por não concordarem com Chapão nas proporcionais.
Um dia depois de desistir Amastha reconsiderou a decisão após amigos e aliados insistirem. O fato novamente teve ampla repercussão e gerou até questionamentos e críticas á postura política do candidato.
Em seguida veio a desistência do ex-governador Siqueira Campos para a disputa na cabeça de chapa a Senado pelo grupo de Mauro Carlesse. Ele desistiu e indicou Eduardo Gomes ficando assim na primeira suplência. Após isso, Siqueira permaneceu internado, passou por cirurgia em São Paulo e ainda está internado se recuperando. Várias fakenews lamentáveis circularam sobre o estado de saúde dele o que foi desmentido e repudiado por parte da família.
Passado este fato os candidatos começaram a campanha com todo gás, visitando municípios e começando a gravar os programas eleitorais.
Bem no comecinho da campanha uma sabatina com todos os candidatos na Fecomércio mostrou que o tom seria de criticas. E teve até discussão entre Marlon Reis e Amastha no final.
Falando em Comícios e movimentações de campanha Amastha protagonizou mais um capítulo quando se recusou a subir no palanque com o ex-governador Marcelo Miranda em Sítio Novo. O fato rendeu e culimou até na “liberação” do MDB para apoiar os candidatos que quiserem. O fato foi visto como uma desfeita para o ex-governador e para o partido.
Outro fato marcante foi o desenrolar dos apoios para o Senado. Com duas vagas os apoios ficaram divididos e virou uma verdadeira salada. O ponto alto foi quando o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas deixou de apoiar o candidato da sua cidade, César Halum para ajudar na campanha de Iraja Abreu. O fato trouxe vários contornos políticos.
A campanha também foi marcada por alguns episódios jurídicos. O candidato Carlos Amastha tentou impugnar a chapa de Marlon Reis alegando fraude na ata porém o TRE não acatou a denuncia. Foi um verdadeiro vai e vem de decisões judiciais de propaganda irregular entre as chapas de Carlesse e Amastha.
No final da campanha a notícia de alguns ratos no Hospital de Araguaína virou manchete nacional e foi usada na campanha pelos adversários do governo. O governo tomou todas as medidas cabíveis acionando inclusive a empresa responsável para resolver o problema mas Amastha usou o fato inclusive para defender Marcelo Miranda e dizer que os ratos não eram dele e sim da atual gestão.
Teve susto no ar com avião que levava o governador e candidato Mauro Carlesse mas acabou tudo bem. Teve também acidente automobilístico com o deputado Amélio Cayres e família que capotou o veículo várias vezes mas também passa bem.
Houve apenas um debate na TV entre os candidatos que contou com a presença de quatro deles.
A campanha teve ainda acusações contra os candidatos Amastha e Marlon Reis de dívidas em aberto de campanha.
As pesquisas roubaram a cena nestes últimos dias. Foram várias que mostraram cenário favorável para vitória de Mauro Carlesse. A grande surpresa ficou por conta da disputa ao Senado.
O último comício não poderia ficar sem um bafão: o candidato ao Senado César Halum soltou o verbo em resposta ao prefeito de Araguaína, Ronado Dimas que também estava no palanque. Foi uma verdadeira lavagem de roupa suja no palanque.