Abelhas – Foto – TV Globo/Divulgação

As mudanças climáticas e o desmatamento fizeram os casos de ataques de abelhas disparar no país.

O ataque de abelhas tirou a vida de Emily Carolina Martins Timoteo, de cinco anos. O corpo foi enterrado no cemitério de Araçaí, na região central de Minas Gerais. Os parentes contaram que ela não demonstrava reações ao sentir dor e nem sabia se expressar.

“A Emily era muito especial pra todo mundo aqui. eu acho que vai fazer falta pra professora, pros alunos, pra todo mundo”, relata a tia Lilian Rodrigues.

Os avós da Emily disseram que encontraram a menina desmaiada nos fundos do sítio. A criança foi levada para o hospital. Segundo o médico que atendeu a Emily, ela sofreu uma parada cardíaca, mas a equipe não conseguiu reanimá-la. O corpo tinha vários ferimentos de picada de abelha.

Em maio, moradores de um bairro de Belo Horizonte ficaram assustados com dois ataques seguidos de abelhas.

Nos quatro primeiros meses de 2023, mais de 100 pessoas foram atendidas em hospitais públicos do país com picadas de abelhas, segundo o Ministério da Saúde – 68% a mais que no mesmo período do ano passado.

Minas Gerais é o estado com maior número de internações neste ano. Em seguida, vêm São Paulo e Santa Catarina.

No Tocantins, Alailson Tavares de Sousa, de 29 anos, morreu em uma fazenda de Bom Jesus do Tocantins, em maio. Ele trabalhava num trator quando foi picado por enxame. O caso foi em maio de 2023.

Ainda no TO, no último dia de 5 de junho deste ano, o pecuarista Manoel Messias Alves Bezerra, de 54 anos, também morreu após um ataque de enxame de abelhas enquanto fazia o manejo de gado.

Em março, Severino Paulo, de 47 anos, fazia uma trilha na região metropolitana do Recife quando foi atacado. Chegou a ser socorrido por moradores, mas morreu antes de ser atendido.

O especialista Henrique Paprocki explica que as abelhas mais comuns no Brasil são as africanizadas, espécie híbrida de origem africana e europeia. Elas costumam ser mais agressivas.

As mudanças climáticas com mais dias secos e a redução das áreas verdes têm aumentado o risco de ataque.

“Essas abelhas se espalharam por toda a América do Sul, então elas estão no campo e na cidade. Mas, na cidade, nós temos um adensamento de pessoas muito mair e é muito mais fácil que elas se sintam ameaçadas nesse ambiente urbano e ataquem as pessoas, do que no ambiente rural””, destaca o biólogo.

 

Os bombeiros reforçam que somente profissionais habilitados devem agir em ocorrências com abelhas.

“Se deparou com um ataque de abelhas, deve correr em silêncio e buscar um lugar seguro, um local fechado. E evitar que essas abelhas entrem nesse local”, pondera a capitã Thaise Rocha, do Corpo de Bombeiros.

Fonte- Jornal Nacional