Um asteroide com cerca de 1,2 km de diâmetro vai passar “relativamente perto” da Terra na noite desta quarta-feira (15). Mas isso não é motivo para alarde.
O chamado 199145 (2005 YY128) não representa nenhuma ameaça para nós porque, segundo a Nasa, o objeto passará a cerca de 12 vezes a distância média entre a Terra e a Lua, a 4,5 milhões de quilômetros.
Para os cientistas, essa distância permite classificá-lo como um Asteroides Próximos da Terra (NEO, na sigla em inglês) e um Asteroide Potencialmente Perigoso (PHA), mas isso não quer dizer que ele é uma ameaça para a gente, nem mesmo em futuro próximo. Essa é apenas uma classificação técnica, como explica o astrônomo Pedro Bernardinelli.
https://twitter.com/VirtualTelescop/status/1624001434000711683?s=20
Como a Nasa classifica esses objetos?
Segundo o Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (Center for Near Earth Object Studies) da Nasa, esse asteroide vai fazer a sua maior aproximação com a Terra em quatro séculos aproximadamente às 20h no horário de Brasília, a uma velocidade de 88.740 km/h (veja uma imagem dele acima).
Porém, é preciso ressaltar novamente que os astrônomos o acompanham há bastante tempo, e conhecem bem o seu caminho orbital, assim como o de diversos outros Asteroides Próximos da Terra.
Os NEO são objetos que têm órbitas que passam perto da Terra. Eles são classificados da seguinte forma, de acordo com o comportamento médio de suas órbitas:
- Amors: não cruzam a órbita da Terra – ficam a todo tempo além do ponto mais distante da Terra.
- Apollos: são mais distantes do Sol que a Terra, mas chegam mais perto do sol que o ponto mais distante da órbita da Terra. O 199145 (2005 YY128) é um Apollo.
- Atiras: são internos à órbita da Terra. Ou seja, não a cruzam.
- Atens: são uma espécie de oposto do Apollos, pois ficam mais perto do Sol que a Terra, mas chegam na “região” da orbita da Terra (o ponto mais distante da órbita deles é mais distante do Sol que o mais proximo da Terra).
Veja a ilustração abaixo para entender melhor.
Tipos de asteroides e cometas próximos à Terra. — Foto: CNEOS/JPL/NASA