Com fortes raízes em todo o Brasil, o movimento da Consciência Negra tomou forma também nas escolas tocantinenses em eventos que ressaltaram a importância do reconhecimento da cultura afro-brasileira e suas especificidades sociais, étnicas e culturais. As ações foram realizadas com a participação de alunos da rede estadual de ensino, apresentando e evidenciando a importância das raízes afrodescendentes na história brasileira até os dias atuais nas mais variadas formas de expressão.

A história da escravidão e a cultura africana na formação do Brasil foram temas abordados nas escolas a fim de evidenciar as influências na atualidade, seja no ambiente social ou em outras esferas, como a moda e a gastronomia. “O mais importante é lembrar que a liberdade se conquista a cada instante e que esse dia consagrado na história nos faz ficar vigilantes, assim como fez Zumbi dos Palmares e muitos outros”, apontou Euclides Ferreira da Silva, gestor da Escola Estadual Girassol de Tempo Integral Maria da Glória, de Tupirama.

Racismo

O reconhecimento das origens da cultura tocantinense também foi abordado de forma a trazer para a comunidade a importância do combate ao racismo para além do ambiente escolar. A professora Theizy Natácia, do Colégio Estadual Joaquim de Sena e Silva, de Combinado, realiza há cinco anos o projeto de conscientização que já ficou classificado em segundo lugar no Prêmio Professores do Brasil.

“Os alunos precisam perceber a cultura de seu povo para combater o racismo, o preconceito e a escravidão no nosso país”, afirmou a professora que ainda evidenciou a satisfação que tem ao acompanhar o empoderamento dos alunos. Neste ano, a comunidade participou ativamente, assistindo a apresentações e auxiliando os estudantes que contaram com a participação dos familiares no desenvolvimento das atividades.

Cultura

Além da conscientização, os alunos que participaram das ações tiveram contato com expressões culturais afro-brasileiras. Michelle Duarte Pereira, professora de história da Escola Estadual Arcelino do Nascimento, de Bandeirantes, afirmou a importância de levar esse conhecimento. “É preciso educar os jovens para a quebra de preconceitos, promovendo a inclusão social das etnias para uma convivência saudável no espaço em que estão inseridas”.

Foram realizadas também exposições de pintura de máscaras africanas, danças, apresentações teatrais, poemas e palestras. “As ações sobre o Dia da Consciência Negra foram interessantes, pois aprendemos um pouco mais da cultura dos africanos”, ressaltou Jéssica Cristina Arruda de Lucena, estudante da 1ª série do ensino médio. A aluna apontou como importante este aprofundamento que as apresentações trouxeram.

 

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação