Com o intuito de celebrar a vida de pessoas que possuem Síndrome de Down e conscientizar a sociedade sobre a necessidade de inclusão, anualmente no 21 de março é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down. Diante disto, a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio da sua Diretoria de Direitos Humanos, ressalta a importância desta data e o papel social na luta por mais inclusão e respeito.
A data 21 de março, 21/03, foi proposta pela associação europeia Down Syndrome International, em 2006, e faz alusão às três cópias do cromossomo 21, que é característico das pessoas com Síndrome de Down, e oficializada somente em 2011 pela Organização das Nações Unidas (ONU), sendo celebrada em 193 países. Desde então, a data é celebrada, destacando a necessidade de informar e conscientizar toda a sociedade para que haja mais políticas públicas de inclusão, garantia de direitos sociais e respeito a essas pessoas.
Para a diretora de Direitos Humanos da Cidadania e Justiça, Sabrina Ribeiro, a luta pela inclusão é uma tarefa de todos, que deve ser exercida diariamente. “O Dia da Síndrome de Down existe para dar visibilidade à causa e a importância de políticas que garantam a acessibilidade dessas pessoas. Além disso, serve para reforçar que a prática da inclusão e respeito é algo que deve estar presente em nosso cotidiano,” afirmou.
Síndrome de Down e as possibilidades
A pequena Nali Cardoso, 11 anos, é um exemplo de que a acessibilidade, amor e respeito auxiliam no pleno desenvolvimento da pessoa com Síndrome de Down. Sua irmã Bruna Cardoso, acadêmica de jornalismo, relata que desde o início da vida de Nali, a prioridade foi possibilitar uma rotina como a de qualquer criança. “Nós buscamos alternativas que possam melhorar o mundo dela e o mundo para ela. Buscamos fazer a rotina dela o mais normal possível, sempre estudou em colégio público em sala de ensino comum. A rotina da Nali é normal, antes da pandemia ela ia à escola e à natação. Em casa ela brinca, assiste televisão, dança, faz as atividades escolares como qualquer criança da idade dela”, disse.
Segundo a irmã de Nali, também existe a necessidade de desmistificar diversos preconceitos sobre pessoas com Síndrome de Down, sendo ele um obstáculo a ser enfrentado por todos à volta das pessoas com deficiência. “Pessoas com down e suas famílias enfrentam diariamente o preconceito e a falta de direitos, sendo uma luta constante. O Dia da Síndrome de Down tem foco em conscientizar a população de que essas pessoas existem, resistem e devem ser respeitadas”, ressaltou Bruna.
Live para celebrar
Em alusão a data, a Secretaria da Cidadania e Justiça, por meio da sua Gerência de Diversidade e Inclusão Social, em parceria com a Associação T21, realizará na próxima segunda-feira, 22, uma live em formato de roda de conversa com o título “Relatos da prática de alfabetização em crianças com a Trissomia 21 (Síndrome de Down)”, por meio da plataforma Google meet, às 18h30, por meio deste link.
Aberta para participação da sociedade civil, a roda de conversa virtual será conduzida pela presidente da Associação T21, Diana Veloso; pela gerente de Diversidade e Inclusão Social da Seciju, Nayara Brandão; pela vice-presidente da Associação T21, Luana Arraias; e pela professora na Associação de Pais e Amigos de Pessoas Excepcionais (APAE), Simone Cavalcante. Também irão contribuir com o debate, trazendo relatos, as mães de pessoas com Síndrome de Down, Cristiane Lacerda, e a servidora da Seciju, Vilma Maria.