A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) está mobilizando profissionais da saúde da rede básica em favor do dia Mundial de Combate a Tuberculose. A data foi criada em 1982 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da tuberculose, ocorrida em 24 de março de 1882.

No Tocantins, no ano de 2018, foram 195 pessoas diagnosticados com a doença, um número crescente em relação aos anos anteriores, sendo 154 no ano de 2016 e 155 em 2017.

Segundo o Ministério da Saúde, em 2017 estima-se que 10 milhões de pessoas adoeceram por tuberculose e que a doença tenha causado 1,3 milhão de óbitos, o que a mantém entre as 10 principais causas de morte no planeta. A incidência da doença foi de 34,8 casos por 100 mil habitantes.

A SES está orientando aos municípios a realização de Campanhas de Intensificação da Identificação de Sinais e Sintomas da Tuberculose, na semana do dia 24/03.

De acordo com o técnico da Área de Assessoramento da Tuberculose, Rhonner Marcílio Lopes Uchôa, “O intuito é alertar a sociedade civil sobre os sinais e sintomas da doença e incentivar a procura pelos serviços de saúde. Além disso, é importante mobilizar os profissionais de saúde quanto à busca ativa de casos novos, realização de exames de escarro e realização de exame dos contatos entre os registrados. Também é relevante divulgar a oferta do tratamento completo no SUS e promover atividades de educação em saúde que favoreçam a redução do estigma e do preconceito que permeiam a doença” informou.

O Governo do Tocantins tem desenvolvido ações para o fortalecimento das estratégias de prevenção e controle da doença, entre elas o gerenciamento e execução de forma complementar das ações de controle da tuberculose; articulações intersetoriais e intrasetoriais que possam fortalecer as ações de controle da tuberculose; o monitoramento dos indicadores epidemiológicos e acompanhamento do cumprimento das metas estabelecidas nos instrumentos de gestão do SUS; o monitoramento dos casos em tratamentos especiais para tuberculose pelo Sistema de Informação de Tratamentos Especiais de Tuberculose (SITETB); a realização de visitas de monitoramento das ações de controle da tuberculose aos municípios prioritários para o controle da doença; a promoção de capacitação de recursos humanos na área de tuberculose, fomentando a integração entre instituições de ensino e o serviço.

A doença

A Tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria (Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch) que afeta principalmente os pulmões, podendo afetar outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges.

Sintomas

Tosse seca contínua no início e depois com presença de secreção por mais de três semanas, cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, fraqueza e prostração.

Transmissão

A transmissão é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o.

Em torno de 10% dos infectados pelo Bacilo de Koch desenvolvem a doença.

Pessoas vivendo com HIV/Aids, pessoas privadas de liberdade, indígenas, diabetes, pessoas com insuficiência renal crônica (IRA), desnutridas, idosos doentes, usuários de  álcool e outras drogas/tabagistas formam um grupo vulnerável, propensas a contrair a tuberculose.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito pelo exame do escarro: Baciloscopia de escarro ou Cultura para BK (Bacilo de Koch) ou Teste Rápido Molecular para a TB.

Outros exames podem auxiliar no diagnóstico como: RX de tórax, Teste Tuberculínico, Histopatológico.

Tratamento

O tratamento deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem interrupção, diariamente.

São utilizados quatro fármacos para o tratamento com esquema básico: Rifampicina (R), Isoniazida (H), Pirazinamida (Z) e Etambutol (E) nos dois primeiros meses e Rifampicina (R), Isoniazida (H) nos quatro meses restantes.

O tratamento é gratuito e está disponível em toda a rede básica e hospitalar do Estado.

Prevenção

Utiliza-se a vacinação BCG, prioritariamente indicada para crianças de 0 a 4 anos, com obrigatoriedade para menores de 1 ano.

A prevenção também inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar.

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