O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou hoje (17) que o dinheiro apreendido com a delegação da Guiné Equatorial ficará no Brasil até que se prove, caso seja possível, a legalidade de sua origem. “O dinheiro está aqui no Brasil. Vai ficar, a não ser que se prove a origem legal. Mas por enquanto está aqui”, disse o ministro à Agência Brasil após cerimônia de lançamento do Conselho Nacional de Segurança Pública.
Em entrevista coletiva, o ministro acrescentou que “nenhuma hipótese está descartada”, mas admitiu ser uma análise genérica, uma vez que não obteve maiores informações da Polícia Federal (PF). “Está aberto o inquérito e isso está sendo investigado. Eu sempre costumo dizer, nenhuma hipótese está descartada. Vamos analisar todas as possibilidades. Essa quantidade de dinheiro causa estranheza em qualquer momento. É muito dinheiro e é preciso saber sua origem e sua finalidade”.
Apreensão
Cerca de US$ 1,5 milhão e R$ 55 mil, em espécie, foram apreendidos ontem (16) pela PF e pela Receita Federal com a comitiva do vice-presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Mang. A ação ocorreu no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), quando a delegação se preparava para deixar o Brasil. Também foram apreendidos relógios de luxo avaliados em US$ 15 milhões.
Obiang Mang não estava no país em visita oficial. Em visitas oficiais, a bagagem diplomática, com documentos do país de origem, não passam pela fiscalização. A comitiva da Guiné Equatorial, no entanto, tinha malas sem conteúdo diplomático.
O vice-presidente do país africano, acompanhado de uma comitiva de dez pessoas, estaria no Brasil para fazer um tratamento de saúde. O avião que trouxe a delegação é do governo da Guiné Equatorial e chegou a Viracopos na noite de sexta-feira (14).
Agência Brasil