Os cortes e exonerações realizados pelo governo estadual sacrificaram a área dos Direitos Humanos. O assunto gerou polêmica dentre ativistas da área no Estado.

A secretaria de Cidadania e Justiça, comandada por Gleidy Braga, exonerou todos os gerentes da área de Igualdade Racial ( que mesmo sendo mês de novembro não foi poupada), Idoso, LGBT, Indígena, Pessoa com deficiência e Criança e Adolescente. Ativistas chegaram a disparar textos de repúdio pelo watsapp onde chamaram os cortes nessa área de “anti-ideológicos”.

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Para alguns militantes houve um esvaziamento da política de Direitos Humanos.O que se pergunta nos bastidores é se Gleidy de fato foi quem teve que tomar a decisão e escolheu cortar logo a área de Direitos Humanos ou se a iniciativa veio mesmo do Palácio visando a necessidade urgente de corte nas contas públicas.

O mal estar existe e deve vir esta semana uma carta de repúdio de movimentos ligados aos Direitos Humanos.

As políticas desenvolvidas nas áreas citadas são importantes para elencar as políticas de Estado com participação da sociedade civil. Vale lembrar que Gleidy veio da base de movimentos sociais e sempre deu amplo espaço para as ações nestas áreas mas e agora como fica? Não se trata de cargos ou até de quem estava neles mas sim dos rumos das ações e políticas até porque quem os ocupava tinha na maioria perfil técnico e não político.

Gleidy foi uma das grandes surpresas do quadro da atual gestão: enfrenta de frente os desafios, os problemas do sistema prisional, do concurso da pasta que já teve vários contornos e tem agora mais um desafio á frente: defender a causa que sempre defendeu e que inclusive a credenciou a estar no comando da Cidadania e Justiça que já passou por várias outras mudanças desde que assumiu.

Quem é de perto da secretária conta que ela ficou profundamente mexida com as exonerações. Haveria mesmo como preservar esta área e cortar outras? Fica a pergunta!

Questão Política

Alguns militantes que estão puxando essa onda de insatisfação são do Partido dos Trabalhadores, partido ao qual a secretária Gleidy Braga é filiada há anos. Um deles chegou a colocar na rede social questionamento sobre o fato dela permanecer na gestão estadual tendo em vista os problemas entre PMDB, partido do governador, e PT.

Nos bastidores tem até militante querendo inflamar para um possível pedido de expulsão da secretária do partido. No momento apenas a intenção já que Gleidy é bem articulada internamente no partido, o qual sempre acompanhou a maioria das decisões e orientações partidárias.

Acontece que Gleidy não foi bem apenas uma indicação no PT, reúne todos os requisitos técnicos para comandar a área, que inclui também a parte melindrosa de gestão dos presídios. Quando alguns petistas romperam com o governo estadual Gleidy ficou pelo bom relacionamento que tem com o governador e por ter conquistado espaço na área.