Charleide Matos, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), lançou sua pré-candidatura à Prefeitura de Palmas com um discurso voltado para a representatividade das minorias e a promoção da inclusão social na capital tocantinense.
Em suas declarações, Charleide enfatizou a importância de colocar no centro do debate todas as questões enfrentadas pelas minorias. “Quero representar uma comunidade diversa que ainda não tem espaço de poder: mulheres do campo, das águas e das florestas, das periferias e da cidade. Porque são muitos os desafios diários enfrentados por essas pessoas, incluindo a comunidade LGBTQIA+”, destacou.
A pré-candidata ressaltou a necessidade de uma representação política que faça parte desse universo. “Temos que ter uma representante que seja parte deste universo. As mulheres sem apoio de Pessoas com Deficiência, as religiões de matriz africana precisam ter seus territórios preservados”, afirmou.
Matos também ressaltou a importância de conhecer a realidade da comunidade de Palmas. “O poder público precisa conhecer a comunidade de Palmas. Fazer um mapeamento para levantar quem somos? Qual a nossa raça, classe social? Os gêneros? Sem dados fiéis não há como trabalhar pela maioria”, enfatizou.
A pré-candidata propõe uma abordagem colaborativa envolvendo universidades e instituições de pesquisa para identificar problemas e encontrar soluções práticas. “Chamar universidades e IFTO, os centros de pesquisa, para termos um plano de levantamento de problemas e de soluções práticas e objetivas, com foco nas necessidades da sociedade palmense, mas priorizando aqueles que precisam mais do apoio público municipal”, explicou.
Com relação à sua candidatura, Matos reconhece que não dispõe de grandes recursos, mas enfatizou o propósito de oferecer esperança e força para os mais pobres. “Minha candidatura está sendo construída com aliados que têm este propósito de levantar os jovens das periferias. Palmas precisa ser mais inclusiva e menos desigual”, ressaltou.
Entre suas principais bandeiras estão o feminismo antirracismo, a defesa do SUS e a implementação da Tarifa Zero. “Acredito que essas pautas são transversais mas também da luta e da reconstrução. Represento as minorias sociais: sou uma mulher preta, pobre, mas que nunca deixou faltar o pão e a educação na minha casa, para os meus”, afirmou.
Charleide encerrou suas falas destacando a importância do papel da mulher na sociedade e a necessidade de olhar com respeito e responsabilidade para as lutas enfrentadas por elas. “É na união consciente que podemos pensar numa sociedade inclusiva”, concluiu.