A atriz e miss Jessika Villalon, de 35 anos, foi uma das selecionadas no Prêmio Sérgio Mamberti – Diversidade Cultural, concedido pelo Ministério da Cultura (MinC), em reconhecimento à sua trajetória artística e às suas realizações como agente cultural LGBTQIA+.
A Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC) divulgou o resultado final da seleção do edital de Premiação Cultura Viva Sérgio Mamberti em 27 de fevereiro, publicado em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
Moradora de Palmas, Jéssika acumula mais de 25 títulos de miss e possui uma extensa trajetória no teatro amador. Além disso, é graduada em Licenciatura em Artes – Teatro pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) e doutoranda em Educação na Amazônia pela Educanorte (UFPA/UFT).
Além de suas realizações no teatro e em concursos, Jessika também deixou sua marca na literatura. Em agosto de 2023, lançou seu primeiro livro, “Noites de Agosto”, tornando-se a primeira escritora trans de Palmas.
“Estou extremamente honrada em receber esse prêmio, que reconhece minha jornada como artista, minha identidade LGBTQIA+ e o valor das expressões culturais de grupos marginalizados. Como mulher Trans me sinto ainda honrada, pois mostra que muitas de nós podemos alcançar nossos objetivos e sonhos. Estou muito, mas muito feliz”, destacou Jessika.
O Prêmio Diversidade Cultural, que homenageia o legado do multifacetado Sérgio Mamberti (1939-2021), busca valorizar e promover iniciativas e produções culturais de pessoas idosas, com deficiência, LGBTQIA+ e em sofrimento psíquico. Mamberti, além de reconhecido artista, foi um defensor incansável das causas culturais e sociais, tendo desempenhado papel fundamental como gestor público, incluindo sua atuação como primeiro dirigente da Secretaria da Identidade e Diversidade Cultural no MinC.
O Prêmio Diversidade Cultural, integrado ao Edital de Seleção nº 08/2023 de Premiação Cultura Viva – Sérgio Mamberti, desempenha um papel crucial na promoção da inclusão e no reconhecimento das diversas expressões culturais presentes na sociedade brasileira. Ao valorizar e celebrar as contribuições dos grupos marginalizados, como pessoas idosas, com deficiência, LGBTQIA+ e com sofrimento ou transtorno mental, busca-se construir uma sociedade mais justa, inclusiva e plural, proporcionando-lhes reconhecimento, visibilidade e empoderamento.