Trabalhos científicos integrados ao governo e comunidades trazem êxito às regiões com potenciais de ecoturismo existentes no Tocantins

Pesquisadores de universidades do Tocantins e de outros estados brasileiros que trabalham com ecoturismo estão elaborando carta monção a ser entregue às autoridades competentes a fim de que resultem em políticas públicas.

Para o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (FAPT), Professor Dr. Márcio Antônio da Silveira, o documento é oriundo de pesquisas com dados sólidos que navegam no limite do desenvolvimento científico visando à conservação dos recursos naturais. “Essa carta representa uma demanda para a elaboração de editais sobre a real necessidade do Estado no segmento do Ecoturismo”, explica Silveira.

 “De uma forma geral, a carta aponta a necessidade do poder público realizar um trabalho integrado com os pesquisadores técnico cientifico e as comunidades locais a fim de não privilegiar só o econômico em detrimento do social”, afirma a vice-presidente da Associação Brasileira de Ecoturismo, Professora Dra da Universidade do Estado do Rio Janeiro (UERJ), Nadja Castilho.

Ainda de acordo com a pesquisadora, a responsabilidade do pesquisador é promover um turismo sustentável que seja ordenado com o mínimo de impactos possíveis aos recursos naturais, potencializando o que já é notório. “O trabalho só terá êxito se as partes interessadas estiverem unidas em comum acordo”, ressalta Nadja Castilho.

Carta monção

A necessidade do documento surgiu após a realização de grupos de trabalhos, jornada de iniciação científica, debates e publicação de anais na revista brasileira do ecoturismo. Uma ação resultante do Congresso Nacional do Ecoturismo (Conecotur) realizado em Porto Nacional entre os dias 3 e 9 de junho. O evento reuniu mais de 250 pessoas entre pesquisadores, estudantes e representantes de agências de turismo; governo estadual, municipal e de comunidades com áreas potenciais como a de Serras Gerais, Taquaruçu, Lajeado e Jalapão.

O evento é realizado a cada dois anos e desta vez foi sediado no Estado tendo como protagonista a Universidade Federal do Tocantins (UFT), contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (FAPT) por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, além de diversos parceiros locais.

Temáticas

As discussões foram pautadas em torno da temática: “integração das Unidades de Conservação a partir de sua viabilidade econômica” com ramificações para Ecoturismo ao turismo de base comunitária, panorama dos últimos 20 anos. Ecoturismo: áreas protegidas, paisagens e ambientes cársticos (relevo geológico) e pesca esportiva. Além do Ecoturismo no Tocantins – roteiros e comercializações. Bem como Ecoturismo e integração com a fauna silvestre, com a saúde e integração de políticas públicas para o Ecoturismo. As discussões foram encerradas com o tema Geoturismo e Ecoturismo: suas interfaces conceituais e práticas.

Texto: Geórgya Laranjeira Corrêa/Governo do Tocantins

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