A dona de um hotel de luxo em Araguaína, região norte do Tocantins, está sendo investigada pela Polícia Civil por suspeita de ser funcionária fantasma do Governo do Estado. Conforme as informações, Kátia Borba Neves pode teria causado um prejuízo de R$ 250 mil aos cofres públicos. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos no estabelecimento e na casa da empresária, nesta quinta-feira, 6.
O Operação Catarse está sendo realizada pela Delegacia de Investigação Criminal de Araguaína. A polícia informou ainda que Kátia é concursada como farmacêutica desde 1994, mas foi cedida para a Secretaria de Saúde do Estado e para a Secretaria de Governo, mas a função não foi exercida.
“Hoje viemos cumprir um mandado de busca e apreensão dado pela Justiça para apreender documentos que comprovem que ela não trabalhava no local onde deveria estar lotada, que é a Secretaria de Governo”, informou a delegada Ana Maria Varjal.
Agentes policiais passaram cerca de duas no estabelecimento onde foram recolhidos documentos. A casa da empresária também passou por busca e apreensão. “As investigações continuam. Mais pessoas serão ouvidas, outros documentos serão apreendidos”, informou a delegada.
Despacho
Um despacho da Secretaria da Administração mostra que a servidora tirou licença não remunerada de três anos para tratar de interesses particulares. Segue ato abaixo:
O Governo do Tocantins também se manifestou sobre o caso.
Confira a nota na íntegra
O Governo do Tocantins informa que a servidora Kátia Borba Neves, farmacêutica do quadro de pessoal da Secretaria de Estado da Saúde, foi cedida por três períodos consecutivos, todos durante a gestão passada, a então Secretaria-Geral de Governo e Articulação Política.
A disposição teve início em 01/05/2016 e foi mantida nos anos de 2017 e 2018, até o dia 11 de agosto deste ano, quando a servidora entrou em licença para tratar de interesses particulares, sem remuneração, pelo período de três anos, de 11/08/2018 a 10/08/2021, encontrando-se afastada desde aquela data.
O Governo do Tocantins ressalta que o único ato assinado pela atual Gestão, em referência à servidora, foi a concessão da licença sem remuneração e reitera que todo ato ilícito que envolva servidores deve ser amplamente investigado e, se comprovado, punido na forma da lei.