Lucas Eurilio e Marco Aurélio Jacob

Dois clientes filmaram o momento em que foram ameaçados de morte após pedirem uma nota fiscal do abastecimento, em um posto de combustível, na cidade de Porto Nacional, a 52 km de Palmas. No vídeo que viralizou nas redes, as vítimas mostram que um possível funcionário do Posto Guararapes indicou que estava armado ao levantar a camisa e apontar para a arma de fogo na cintura.

Internautas fazem campanha de boicote ao posto onde o suposto dono mostra a arma e ameaça clientes que pedem nota – Reprodução WhatsApp

Momentos depois, aparece uma segunda pessoa no vídeo, onde uma das vítimas da ameaça se apavoram alegando que ele é um policial.

Suposto policial militar, teria defendido “dono” do posto de combustível – Divulgação

“Você me chama de vagabundo, eu trabalho o dia intento no sol pra colocar comida na boca do meu filho e ele vem me chamar de vagabundo”.

A filmagem revela ainda que o funcionário levanta a camisa para mostrar que está realmente armado e segundo os ocupantes do veículo, eles foram ameaçados e dizem que um suposto policial estaria defendendo o funcionário do estabelecimento.

A mulher que estava dentro do veículo, nervosa diz para o marido pra eles irem embora do local. “Vamos embora, ele ameaçou! Disse que vai nos matar! Vai matar meu marido! Ele tem uma arma ali oh! (sic)”.

Veja o vídeo aqui:

Ainda com medo da situação, a esposa pede para que o marido que saia do local e diz “olha aqui, ele diz que policial e tá defendendo o outro sacana ali oh (sic)”.

Nas redes sociais, um internauta ficou indignado com a situação e disse que a sociedade está voltando aos tempos dos coronéis. Segundo ele, o suposto PM estaria totalmente errado.

“Ele está errado duas vezes. Por estar trabalhando em um serviço particular e outro por parecer estar trabalhar como segurança vip, já que defende o dono do posto que também está armado”.

Testimonial de um leitor da Gazeta

Nossa equipe entrou em contato com a Polícia Militar (PM) pedindo um posicionamento sobre o caso. Em nota, a corporação se limitou a dizer que foi instaurado um procedimento investigatório para apurar o fato, circunstâncias e envolvidos.

A Gazeta do Cerrado está tentando contato também com o proprietário ou gerente do posto de combustível, mas até o momento não obtivemos reposta. O espaço continua aberto para o posicionamento.