Equipe Gazeta do Cerrado

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira, 06, uma operação contra um grupo criminoso suspeito de manter esquema de corrupção envolvendo gráficas. A organização é suspeita de desvio de recursos, peculato, fraudes em licitações e desvio de dinheiro.

Os mandados de prisão preventiva são para Franklin Douglas Alves Lemes, ao ex-governador Marcelo Miranda é para seu irmão José Edmar de Brito Júnior, que estão detidos há mais de 40 dias, pela Operação 12º Trabalho.

Os pedidos de prisões temporárias são para o proprietário de um veículo de comunicação Tocantins Alex Câmara, Carlos Gomes Cavalcante Mundim Araújo Júnior.

A prisão temporária de Franklin Douglas também foi deferida, caso a prisão não deferida a preventiva.

A PF cumpre dez mandados de busca a apreensão, é uma ordem de prisão preventiva e dias temporárias. A Operação foi batizada de Replicantes l.

O suposto grupo estaria envolvido com diversas investigações da PF, visando lucro em detrimento aos cofres públicos.

Segundo a Polícia, a organização também praticava atos de intimidação contra profissionais da comunicação.

Mais sobre a Operação

Foi pedida a busca e apreensão, nos termos do art. 240, §1o, do Código de Processo Penal, a ser cumprida nas residências e sede das pessoas físicas e jurídicas com o objetivo de buscar e apreender bens e materiais diversos, coletar provas relativas à prática pelos investigados dos crimes de fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, falso documental e peculato, principalmente documentos, arquivos em mídia, HDs, laptops, pen drives, smartphones, arquivos eletrônicos, de qualquer espécie, agendas manuscritas ou eletrônicas e valores.

A Copiadora Exata, WR Editora e a empresa Prime Solution Tiveram também a decretação de sigilo fiscal.

“Intimado, o Ministério Público Federal encampou a representação da autoridade policial e requereu a decretação das prisões preventivas de MARCELO DE CARVALHO MIRANDA e JOSÉ EDMAR BRITO MIRANDA JÚNIOR e pelas prisões temporárias de CARLOS GOMES CAVALCANTE MUNDIM ARAÚJO, ALEX CÂMARA e ROSANA RIBEIRO LOPES.

Em relação a MARCELO MIRANDA, a decisão entende que, na esteira do que teria sido aplicado pelo judiciário no caso das prisões dos ex-governadores do Rio de Janeiro e do Paraná, “não existe norma legal que autorize o seu acautelamento em sala de Estado Maior, não havendo qualquer demonstração objetiva de risco à integridade física, moral ou psicológica dele e, por estes motivos, deveria ser aplicada a mesma lógica que incide sobre todo e qualquer cidadão (ID 104760860)”, alega na decisão. Atualmente Miranda está preso há cerca de 40 dias numa sala do Comando Geral.

O outro lado

A defesa da WR Gráfica, representada pela advogado Gedeon Pitaluga, afirma que a empresa sempre cumpriu a legislação e e toda a prestação de serviço foi realizado com licitação.

A empresa também destaca que está a disposição das autoridades policiais e judiciais.

A Gazeta busca ouvir a defesa de todos os citados na Operação Replicantes. O espaço está aberto para posicionamento.